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O Grande Irmão

Processo revela: servidores do TSE monitoravam Monark

Como se estivéssemos em "1984", e houvesse teletelas em todas as residências, TSE instituiu um regime de vigilância sobre Monark, que resultou no banimento de suas redes

Na quarta-feira (14), Alexandre de Moraes, ministro fascista do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o fechamento de todas as contas de Monark nas redes sociais.

Em sua decisão, o ministro afirmou que “A Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE [AEED-TSE] informa que, mediante pesquisa em dados abertos de mídias sociais, detectou publicação realizada pelo influenciador e podcaster ‘Monark’, na plataforma digital Rumble, contendo entrevista com o Deputado Federal FILIPE BARROS (PL-PR), na esteira da qual são difundidas notícias falsas sobre a integridade das instituições eleitorais”.

Em outras palavras, a decisão mostra que servidores da AEED-TSE, núcleo criado no início do ano passado, estavam monitorando o podcast de Monark, o Monark Talks, para identificar qualquer crítica ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Alexandre de Moraes ocupou cargos como secretário da Segurança Pública de São Paulo no governo do PSDB de Geraldo Alckmin, quando ficou conhecido com sua política repressiva. Foi também ministro da Justiça e Segurança Pública do governo golpista de Michel Temer. Em março de 2017, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por Michel Temer, para ocupar a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, falecido em um acidente aéreo. Como ministro do STF, Moraes tem sido usado pelos capitalistas para levar adiante uma política de censura e controle das opiniões nas redes sociais.

Em junho de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, à época presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, por meio do Inquérito das Fake News, a derrubada de todas as contas nas redes sociais do Partido da Causa Operária (PCO). Um ato de censura que representou a escalada do regime brasileiro rumo a uma verdadeira ditadura.

Um regime verdadeiramente democrático não é compatível com uma instituição como o Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se de um tribunal de exceção que atende aos mais poderosos e que, consequentemente, visa o massacre da classe operária. Nesse sentido, é preciso lutar pelo fim do STF e por uma reforma geral no sistema judiciário brasileiro.

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