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Porto Seguro/BA

PM tenta prender Pataxó que estava tirando sustento de sua terra

Os índios Pataxó estão proibidos até mesmo de explorar sua própria terra e tirar seu sustento como forma de enfraquecer a luta pela demarcação

Na quarta-feira (22/03), pouco antes de meio-dia, dois indígenas Pataxó da Aldeia Corumbalzinho, pertencentes à Terra Indígena de Barra Velha, município de Porto Seguro, Bahia, saíram para trabalhar na mata levando três animais de carga para buscar blocos de madeira para fazer seus artesanatos, de onde tiram seu sustento e de suas famílias.

Boa parte dos índios Pataxó da região tem seu sustento oriundo do artesanato de produtos que retiram de dentro da mata e que são vendidos em comércios da região para o grande fluxo de turistas que existe nas proximidades e dentro da área indígena. No entanto, essa pequena fonte de renda é constantemente atacada pelas forças policiais, órgãos ambientais e políticos de direita.

Durante a tarde, a comunidade da aldeia verificou que os animais de carga passaram sem os donos e logo percebemos que tinha algo errado. Foi quando no grupo mensagens da comunidade apareceu um aviso de que um indígena havia escapado da perseguição policial da CIPPA (Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental) e conseguiu avisar os outros integrantes da aldeia da situação.

Logo em seguida, a comunidade se reuniu e foi até o local para libertar o outro companheiro Pataxó que estava em poder dos policiais militares. Essa foi a sorte do indígena Pataxó nas mãos dos PM’s. Porque, caso fosse levado pela polícia, o indígena iria dar depoimento e ser largado na cidade sem nenhum recurso para voltar à aldeia num momento em que os latifundiários estão perseguindo e matando indígenas.

A região é de extremo conflito e pistoleiros formados por policiais militares já assassinaram quatro índios Pataxó e qualquer indígena sozinho na cidade e no percurso para as aldeias corre risco de violência e até de ser assassinado. Situação semelhante ocorreu no ano passado e os policiais levaram um indígena para prestar depoimento e o deixaram na cidade sem nenhum recurso para voltar e correndo o risco de ser encontrado por algum pistoleiro.

Essa é mais uma modalidade de perseguição e repressão para enfraquecer a luta Pataxó por suas terras na região do Extremo Sul da Bahia. Querem estrangular economicamente a comunidade e deixá-los a mercê da pobreza e do latifúndio.

Uma maneira de enfraquecer a comunidade é retirar o sustento dos índios, que vão deixar o local ou ficar sujeito as ações da pistolagem e do latifúndio. Por isso tantos ataques a qualquer exploração econômica da terra indígena, seja utilizando o extrativismo ou atividade agrícola.

Essa operação da CIPPA também faz parte de uma campanha de desqualificação dos índios Pataxó, que somado às reportagens da TV Bandeirantes e da Rede Record, dos vídeos do Arthur Mamãe Falei e da imprensa local, justificam qualquer ação violenta do Estado ou dos latifundiários contra a luta pela demarcação como despejos e até assassinatos.

Veja o vídeo abaixo:

Polícia Militar tenta prender índio Pataxó que estava tirando sustento de sua própria terra na Bahia

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