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PIG pede para Moraes pôr o pé no freio

Artigos do Estado de S. Paulo expressam preocupação de que alexandre de Moraes "vá com muita sede ao pote"

Na semana passada, Alexandre de Moraes tomou aquela que talvez tenha sido a sua medida mais ditatorial de todas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que a plataforma de mensagens Telegram deixasse de veicular uma singela mensagem em que alertava seus usuários sobre os riscos do Projeto de Lei 2630, o chamado “PL das Fake News”. Moraes ameaçou suspender a plataforma, caso não deixasse de difundir a mensagem, e ainda exigiu que o Telegram se retratasse publicamente de uma maneira bastante humilhante, afirmando o seguinte:

“Por determinação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou FLAGRANTE e ILÍCITA DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários a coagir os parlamentares”.

Por um lado, o caso serviu para mostrar o que realmente é a caça às “fake news”. Isto é, uma perseguição às ideias que os detentores do poder vigente, como os ministros do STF, consideram ameaçadoras a seus interesses. Por outro, na medida em que Moraes mostrou até onde está disposto a ir para defender o PL das Fake News, o ministro também escancarou a falta de qualquer limite por parte da Corte. Em outras palavras, tornou público que age como um ditador.

A postura de Moraes gerou certo desconforto no interior da burguesia. Em artigo de 12 de maio, o Estado de S. Paulo, um costumaz apoiador dos demandos do ministro, o chamou de “Alexandre de Moraes, o censor”. Nos dias seguintes, alguns articulistas assinaram matérias com títulos “STF e o sr. Moraes – uma autocrítica necessária” e “Moraes decidiu que opiniões contrárias às dele, ou do governo, não podem ser publicadas”.

A crítica a Moraes é absolutamente correta. O ministro age como um verdadeiro censor, como uma pessoa que se coloca acima dos direitos democráticos da população e estabelece o que pode ou não ser dito – ou, dito de outra forma, quem pode e quem não pode falar. No entanto, ao criticar “Xandão”, o Partido da Imprensa golpista não esconde os seus objetivos: a crítica é para salvar o STF, e não para derrubá-lo. A única preocupação da burguesia é que as medidas antidemocráticas de Alexandre de Moraes acabem despertando uma reação muito grande, de modo que se torne inviável as suas sucessivas operações contra a liberdade de expressão.

Nessas horas, é cosntantemente lembrado o caso de Sergio Moro, ex-juiz da Lava jato, que conseguiu conquistar a antipatia de quase todo o regime político, na medida em que foi atropelando os direitos democráticos de todos sob ordens do Depratamento de Estado norte-americanos. Moro, por pouco, não teve sua carreira completamente arruinada.

É preciso, portanto, criticar Alexandre de Moraes não sob a ótica cínica da imprensa capitalista, mas a partir dos interesses dos trabalhadores. Isto é, criticar o fato de que um ministro – e a Corte, ajudando-o direta ou indiretamente – decida o que alguém possa ou não falar. É preciso exigir a retirada do PL das Fake news de pauta no Congresso e o fim de qualquer inquérito persecutório instaurado no STF.

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