A imprensa capitalista e seus lacaios pelas redes sociais e televisões repetem constantemente a falácia de que para um jogador ser considerado o melhor ou um dos melhores do mundo, precisa ter atuação de gala na Europa. Essa tese barata respalda, inclusive, em Pelé, o maior esportista do último século, mas a realidade comprova o contrário. O Rei do Futebol não só se consagrou sem jogar na Europa, como colocou quase 400 bolas na caixa de goleiros e clubes europeus.
Seus primeiros gols contra países imperialistas foram feitos no começo de sua carreira, com recém feitos 18 anos. Em uma vitória por 3 a 0 sobre o Sport Boys, em janeiro de 1959, dois gols foram emplacados para garantir a vitória santista.
Com os mesmos 18 anos, Pelé parou o Peru, no Estádio Nacional de Lima, pois o público desejava ver o jovem Rei de perto. Trinta e sete mil pessoas foram assistir à revelação da Copa da Suécia e do campeonato estadual de São Paulo, em que Pelé emplacou inalcançáveis 58 gols. O Santos venceu, de novo, por 3 a 0, com os mesmos dois gols de Pelé que haviam sido feitos na estreia da Copa da Suécia.
Durante o primeiro campeonato que disputou na América Latina, ainda contra times latino-americanos e não europeus, Pelé encaixotou 23 gols em 14 jogos, logo embarcando para a Europa e aumentando sua média de gols: 38 em 22 jogos.
A média de Pelé não só não reduziu contra os times europeus, enaltecidos pela imprensa da época assim como a de hoje em dia faz, como cresceu. Essas médias se sucederam até o final da década de 60, inclusive. Durante sua carreira, Pelé fez 353 jogos internacionais e destinou 361 bolas para dentro das redes, conquistando duas Libertadores, um título Mundial, uma Recopa Mundial e tantas outras competições que foram jogadas em piso exterior. Pelé foi, incomparavelmente, o melhor jogador de futebol da história, independente de ter pisado em solo europeu com a camisa de um clube de lá ou não.
É válido lembrar, inclusive, da final do Mundial Interclubes de 1962, onde o Santos goleou o Benfica, potência da época, por 5 a 2, emplacando 3 gols na final internacional. Sua atuação de destaque, como melhor jogador do mundo e ícone mundial, colocou as Copas de 58, 62, 66 e 70 na história desportiva, além das copas Libertadores e campeonatos Mundial de 62 e 63. Edson Arantes do Nascimento fez história e mostrou aos europeus o que é o jeito brasileiro de se jogar; o futebol enquanto arte.