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Somália fragmentada

O intervencionismo dos Estados Unidos na Somália

Ao contrário da sua propaganda, Estados Unidos atua contra o fortalecimento da democracia na Somália, para manter o país submisso aos seus interesses.

Reportagem da jornalista Ann Garrison no portal The Grayzone dá conta dos esforços do imperialismo norte-americano contra a unificação do estado da Somália. O texto intitulado “Como os EUA esmagaram a luta por uma nação somali” explica como os Estados Unidos ajudaram a fomentar os conflitos armados que em fevereiro deste ano causaram a morte de pelo menos 82 pessoas num intervalo de apenas oito dias.

O país africano vive uma guerra civil desde 1991, cuja principal disputa é o controle da região de Somalilândia, no norte da Somália. A matéria denuncia que os Estados Unidos estimulam o conflito para manter o país dividido e fraco, facilitando o roubo dos recursos naturais presentes principalmente na costa, como o petróleo. A Somália ocupa ainda uma posição estratégica na rota do transporte de petróleo, numa das extremidades do Mar Vermelho, que fica entre a África e o Oriente Médio.

Uma Somália soberana contraria diretamente os interesses do imperialismo na região. Não por acaso, o primeiro ataque militar do governo Biden foi justamente no país africano, sob o recorrente pretexto do combate ao terrorismo islâmico. No primeiro mês do seu governo, o presidente dos Estados Unidos já deu o tom da política do imperialismo norte-americano para os anos seguintes. Com a retirada de soldados norte-americanos da Somália, iniciada no governo Trump, a máquina de guerra dos Estados Unidos optou pelo bombardeio contra alvos do grupo Al-Shabaab. A principal base militar do imperialismo na região fica no minúsculo país Djibouti, situado entre a Somália e a Etiópia.

Garrison denuncia que os Estados Unidos e seus aliados têm atuado para impedir que o voto popular se imponha na Somália. Nas eleições de 2022, atuaram contra a candidatura mais popular, de Mohammed Abdullahi Mahammed, que defendia o fortalecimento militar da Somália para garantir a soberania do país e se livrar das tropas estrangeiras no seu território. O sistema eleitoral do país é um verdadeiro labirinto de eleições indiretas. Se fosse no sistema direto de um voto por pessoa, a expectativa é que Farmaajo, como também é conhecido, fosse reeleito presidente com folga. No seu lugar, retornou ao governo o candidato marionete do imperialismo, Hassan Sheikh Mohammed.

A jornalista conduz uma entrevista com Abdiwahab Sheik Abdisamad, estudioso da política africana que se dedica a denunciar a ingerência dos governos estrangeiros no continente. Segundo ele, “a Somália hoje não é nada além de uma cadeira na ONU e uma bandeira”, pois o modelo de federação importado fragmentou o país. Para Abdisamad, a ingerência do imperialismo é fundamental para impedir a consolidação de um estado nacional na Somália e impedir que o voto popular se imponha na situação política do país.

Abdisamad denuncia que, no modelo eleitoral em vigência, os Estados Unidos corrompem facilmente as lideranças de clãs, que é quem vota de fato no país. Com isso, constituem um parlamento e presidente fantoches, que fazem o que for preciso para defender os interesses do “mundo ocidental”. Ele cita especificamente os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia e os países da Otan como os interessados em manter a Somália fraca e fragmentada. É basicamente como o imperialismo atua ao nível global para submeter a maioria do planeta e sua população aos interesses dos capitalistas mais poderosos. Como resultado, países como a Somália são mantidos no mais absoluto atraso econômico, social e político.

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