Aumento do salário mínimo

Lula não pode parar apenas nas boas intenções

No Brasil o salário mínimo é um salário de fome e miséria

Lula e bandeira do Brasil

Nesta quinta-feira o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o salário mínimo irá ter um novo aumento, saindo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir do dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.

O aumento dado por Lula é o primeiro aumento real desde o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Durante os governos golpistas de Temer e Bolsonaro, o programa de valorização do salário mínimo foi interrompido, rebaixando o piso nacional. Bolsonaro garantiu apenas o que é obrigado pela Constituição federal, que é um reajuste com base nos índices oficiais de inflação. No entanto, apesar de positivo, o aumento dado pelo governo Lula é ainda muito insuficiente.

Com o adicional de R$ 18, um aumento dado em cima do salário prometido por Jair Bolsonaro, o aumento total chegará a R$ 108, representando um reajuste total de 8,91%.

Lula garantiu o aumento salarial, como havia prometido e sua campanha durante as eleições presidenciais. O mesmo foi feito com boas intenções, isso por que Lula de fato quer aumentar o salário dos trabalhadores, algo que pode ser provado por meio da proposta de valorização do salário mínimo, contudo, apenas isso não será o bastante.

A própria Central Única dos Trabalhadores (CUT), que defende o governo eleito, criticou o salário mínimo. Segundo a entidade sindical, caso tivesse sido mantido o programa de valorização do salário mínimo durante o regime golpista, hoje o valor do piso nacional deveria ser de R$ 1.382,71.

Este valor, muito superior aos 2,8 dados de aumento pelo governo Lula, era para ser considerado o piso mínimo em 2023. Na prática, mesmo este valor seria muito abaixo das necessidades dos trabalhadores, ainda mais em meio a escalada inflacionária em todo o mundo.

Segundo os dados divulgados pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o salário mínimo brasileiro deveria ser de R$ 6.641,58. Este valor é considerado pelos estudos o mínimo necessário para o custo médio das cestas básicas em todo o Brasil, ou seja, mais de 5 mil reais a mais do que o considerado “mínimo” atual.

Dessa forma, o que foi aprovado por Lula é nada perto da necessidade real dos trabalhadores. Nesse primeiro momento, é necessária uma ampla campanha para exigir um aumento de 100% do salário mínimo brasileiro, que hoje chega a ser menor do que países como Bolívia e Equador.

A situação do trabalhador brasileiro é catastrófica, apesar de estar no País mais rico da América Latina, é aquele com um dos piores salários de todo continente. A burguesia e sua imprensa pressionam o governo contra qualquer tipo de aumento salarial. Esta mesma imprensa foi aquela que no passado, como mostram capas de jornais de época, se posicionaram contra até mesmo a criação de um salário mínimo e do décimo terceiro.

A campanha é sempre a mesma, que se aumentar o salário dos trabalhadores a economia nacional irá quebrar, que as grandes empresas capitalistas não possuem condições de dar o mínimo necessário para sobreviver. Contudo, para os trabalhadores nada disso interessa. Além de ser falsa a ideia de que o País irá quebrar, é necessário em primeiro lugar garantir a sobrevivência da população.

No Brasil o salário mínimo é um salário de fome e miséria. Para garantir um real aumento, o governo precisa ter como apoio uma verdadeira mobilização dos trabalhadores, e parte da CUT este papel. É necessário mobilizar por 100% de aumento salarial. 

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