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Acusado de corrupção

Imran Khan é preso a mando do imperialismo

Desde que foi desposto em abril de 2022, Imran Khan vem sendo perseguido politicamente em seu país, o Paquistão, após acusar os EUA de estar por trás da deposição.

Nessa terça-feira (09), Imran Khan foi preso na Alta Corte de Islamabad, por dezenas de policiais do Escritório Nacional de Responsabilidade (NAB), ocasionando mais um episódio de instabilidade na grave crise política pela qual o país atravessa.

O ex-primeiro ministro havia comparecido à Alta Corte para uma audiência em um dos vários casos de corrupção pelos quais ele está sendo acusado desde quando foi deposto, em abril de 2022.

Em uma ação que mais se assemelhou a um sequestro do que uma prisão formal, os agentes do órgão anticorrupção do Estado paquistanês invadiram o tribunal, retirando Khan à força, conduzindo-o para dentro de um veiculo. Vejam as imagens:

Logo após a detenção, o Tehreek-e-Insaf do Paquistão (PTI), partido do qual Imran Khan é fundador e presidente, publicou no twitter a seguinte mensagem: “Povo do Paquistão, esta é a hora de salvar seu país. Você não terá outra oportunidade“.

De imediato, manifestantes tomaram as ruas de Islamabad, a capital do Paquistão, em apoio ao ex-primeiro ministro, e contra a sua prisão arbitrária. Os protestos já resultaram em viaturas policiais e camburões incendiados, além de dezenas de feridos. No presente momento, os protestos já se espalharam pelo restante do país.

Não é a primeira tentativa de prisão realizada contra Khan. Anteriormente, em 05 de março, o aparato de repressão do Estado paquistanês havia tentado prendê-lo em sua casa, em Lahore. Contudo, as tentativas resultaram em confrontos entre seus apoiadores e a polícia, forçando os agentes da repressão a recuarem.

Imran Khan foi eleito primeiro ministro do Paquistão em agosto de 2018, tendo exercido o cargo até 10 de abril de 2022, quando foi deposto através de uma moção de desconfiança. Diante de sua deposição, Khan denunciou que foi vítima de um golpe perpetrado pela oposição, os militares e os Estados Unidos.

Uma vez deposto, lançou em maio de 2022, junto de seu partido, o PTI, uma campanha chamando por novas eleições gerais. Uma marcha de protesto foi liderada até capital Islamabad. Contudo, não houve a convocação antecipada de novas eleições. Em agosto de 2022, após criticar publicamente as instituições governamentais, Khan foi acusado formalmente sob a lei “anti-terror” pelo Estado paquistanês. Em razão de protestos, as acusações foram eventualmente descartadas, no mês de setembro. Contudo, ainda havia uma forma mais eficiente de perseguição política: acusações anticorrupção.

Imran Khan, que já estava sendo acusado de corrupção desde que foi deposto, foi considerado culpado por práticas corruptas pela Comissão Eleitoral, desqualificando-o como membro do parlamento paquistanês. Isto se deu em 21 de outubro de 2022. Em resposta à perseguição, Khan realiza uma nova marcha até a capital, saindo de Lahore, a fim de força novas eleições antecipadas.

Em novembro de 2022, durante um protesto, foi alvo de uma tentativa de assassinato, sendo alvejado na perna. Acusou o um oficial do serviço de inteligência do Paquistão, o Major-General Faisal Naseer, de estar por trás da tentativa.

Desde que Khan foi deposto, acumularam-se dezenas de processos de corrupção contra sua pessoa, apontando para o caráter de perseguição política, em especial levando-se em consideração o fato de que ele denunciou que sua deposição foi uma conspiração desatada pelos Estados Unidos.

Segundo informações da imprensa imperialista, o Escritório Nacional de Responsabilidade (NAB) possuía um novo mandado de prisão contra Khan desde 1º de maio.

Em vídeo publicado antes de seu comparecimento à Alta Corte de Islamabad, Khan afirmou que saberia que corria o risco de ser preso e que estaria preparado mentalmente.

Apoiadores ainda seguem em grande número protestando pelas ruas do país, o que demonstra que o ex-primeiro-ministro é um líder que tem o apoio das massas. Políticos que tem o apoio das massas não são bem quistos pelo imperialismo. Cumpre relembrar que Khan denunciou que sua deposição foi produto de uma conspiração dos Estados Unidos.  A ela se seguiu dezenas de acusações e processos de corrupção contra sua pessoa. Sabemos que processos judiciais de corrupção são uma das armas favoritas do imperialismo para perseguir seus inimigos políticos.

E a prisão de Imran Khan, ocorrida nessa terça (09), decorreu de um processo judicial em que ele é acusado de corrupção.

Conclui-se, portanto, que o imperialismo está por trás dessa perseguição.

É de fundamental importância notar a semelhança de seu caso com o cenário político brasileiro.

Assim como Imran Khan, o presidente Lula foi perseguido politicamente pelo imperialismo. Os Estados Unidos, através da imprensa burguesa brasileira e do aparato de repressão do Estado brasileiro (em especial o Poder Judiciário e a Polícia Federal), se utilizaram da narrativa da luta contra a corrupção para tentar destruir Lula politicamente. Desataram uma perseguição judicial com processos farsa, que resultaram em condenações ilegais e arbitrárias. Prenderam-no por mais de um ano. Contudo, dada a resistência da classe trabalhadora, a operação fracassou em parte, e Lula voltou à presidência da República.

Contudo, o espectro golpista ainda está à espreita, sondando o governo.

As massas paquistanesas, o Tehreek-e-Insaf do Paquistão (PTI) e Imran Khan estão demonstrando como se deve lutar contra a tentativa golpista.

Assim que se deu a prisão de Khan, o partido do premiê já convocou os apoiadores para as ruas, que compareceram imediatamente e permanecem mobilizados.

É isto que deve ser feito no Brasil, caso o momento chegue.

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