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Mercado da bola

Imprensa contra Neymar: quem desdenha quer comprar

Imprensa imperialista europeia volta a impor uma desvalorização do passe de Neymar, mirando uma desvalorização geral dos melhores jogadores do mundo, os brasileiros.

Começa um novo ano e a campanha contra o futebol brasileiro segue com fôlego renovado. Nessa semana, as manchetes da imprensa esportiva apresentam novamente Neymar como um jogador de quem o Paris Saint-Germain (PSG) tenta se livrar. O mesmo Neymar que em 6 anos na França acumula 115 gols e 73 assistências em 165 jogos, média de participação em gols superior a 1 por jogo. Números que seriam maiores ainda se o futebol francês não fosse tão violento, o que ocasionou diversas lesões ao craque, os juízes não perseguissem raivosamente o futebol arte ao ponto de punir dribles com cartões amarelos e se o queridinho do futebol europeu, Kyllian Mbappé, não fosse uma máquina de perder gols.

Desde a polêmica renovação do contrato de Mbappé no meio de 2022, Neymar tem sido tratado na imprensa imperialista como um peso para o clube. Além dos valores astronômicos acertados com o jogador francês, a renovação envolveria um novo projeto para a equipe, na qual o jovem de 24 anos teria destaque como principal astro do time. Teriam sido afetados inicialmente, o diretor esportivo do clube, o ex-jogador da Seleção Brasileira Leonardo, e o técnico argentino Maurício Pochettino. Em seguida, seria a vez de Neymar, perto do qual fica difícil ser a estrela principal do PSG. Para azar do mimado francês, Neymar começou a temporada europeia voando, numa declarada preparação para chegar bem na Copa do Mundo.

Como de costume, quem bota a pilha é a imprensa esportiva da Espanha e da própria França. Mas vale citar que, assim como a imprensa antinacional brasileira replica qualquer coisa negativa sobre Neymar por aqui, a imprensa desses países imperialistas aproveita os ataques ao craque no Brasil para acentuar sua campanha de desmoralização. O mercado do futebol na Europa é extremamente valioso para a especulação financeira, as cifras são altíssimas e a manipulação, como em qualquer atividade especulativa, é regra e não exceção. Por isso, toda campanha feita no Brasil para tentar caracterizar Neymar como um atleta pouco profissional, o que passa muito longe da realidade, ajuda a perseguição do craque na Europa.

A queda do Brasil na Copa diante da retranca croata, somada ao fato de que seus companheiros de ataque no PSG disputaram a final, estimulou uma nova leva de falsificações. O golaço genial de Neymar na prorrogação do jogo contra a Croácia, que classificava a Seleção para a semifinal, foi completamente ignorado nas votações dos gols mais bonitos da Copa. Não entrou nem na disputa, ao passo que gols bastante simples e até mesmo bem parecidos estavam no páreo, exceção para os dois belíssimos gols de Richarlison e do gol debochado do camaronês Aboubakar contra a Sérvia. Neymar foi caçado, tirado de dois jogos logo na estréia, voltou e coordenou com maestria o gol que lavava a alma do nosso futebol na competição. Por culpa da falta de concentração do setor defensivo da Seleção, a Croácia empatou no seu primeiro e único chute no gol e caímos nos pênaltis.

A partir daí, Neymar voltou, após um breve intervalo, a ser tratado como um jogador comum e uma pessoa horrível. O recente falecimento de Pelé deu a oportunidade de resgatarmos que até o Rei foi tratado aqui no Brasil, por essa mesma imprensa, como um jogador ultrapassado antes da Copa de 70 e péssimo ser humano após sua aposentadoria. Com o fim da Copa, teve gente completamente fora de si que tratou de apontar Messi como o “maior de todos os tempos” no futebol. A repercussão da morte de Pelé tratou por soterrar essas tentativas. Mas como Neymar segue vivo, jogando e promovendo o futebol arte brasileiro, ele precisa ser avacalhado dia e noite. Tanto para desmoralizar o melhor jogador de futebol da atualidade, quanto seus companheiros de Seleção e todo o mercado do futebol brasileiro, que absorve essa desvalorização no mercado especulativo da bola, impactando o valor de conjunto dos jogadores daqui. Matéria-prima da maior qualidade, pelo menor preço possível.

Fica para a imaginação dos leitores formular como a submissa imprensa nacional trataria Mbappé se fosse brasileiro. Afinal, enquanto Neymar é acusado por exemplo de ser arrogante ou pouco profissional, o francês é quem protagoniza dentro e fora de campo atitudes de um garoto mimado e egocêntrico. No jogo contra o Montpellier em agosto do ano que passou, Mbappé tirou a bola de Neymar para perder um pênalti enquanto o jogo ainda estava empatado. No pênalti seguinte, Neymar se impôs e mostrou como se desloca irremediavelmente um goleiro. Depois disso, o francês fez uma birra que você outro geraria um escândalo gigantesco. Ao não receber uma bola na hora que quis, durante um contra-ataque, Mbappé simplesmente parou e virou as costas para a jogada, que acabou sobrando no espaço que deveria estar ocupado pelo atacante. Os comentaristas da imprensa esportiva ou ignoraram ou relativizaram o fato. Sorte de Mbappé por não ser brasileiro!

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