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“Minha amiga”

Sônia Guajajara agradece “presentes” recebidos do governo dos EUA

“Hoje recebi alguns presentes da minha amiga ministra Deb Haaland”, postou a indígena fake do PSOL no Instagram

Sônia Guajajara e Charles

Em recente postagem no Instagram, Sônia Guajajara, índia fake e ministra dos povos indígenas do governo Lula, exibiu com gosto o presente que havia recebido do que ela caracterizou como “sua amiga”, Deb Haaland.

Deb Haaland é a secretária do Interior do governo Biden, uma das pontas de lança do imperialismo, que busca estabelecer um forte gancho em diversos países ao redor do mundo. Debra Anne Haaland foi a indicada de Biden para a Secretaria do Interior. É uma deputada democrata pelo estado do Novo México, de origem nativo-americana, do povo Kawaik, da nação Laguna Pueblo. Haaland teve pais militares e, como deputada, faz parte do Comitê das Forças Armadas. Deb Haaland completa o quadro de integrantes de minorias raciais representadas no governo de Biden. Vale destacar também a demagogia identitária com presença de várias mulheres como Janet Yellen (Secretaria do Tesouro) e Avril Haines (Diretora da Inteligência Nacional).

Jogando cada vez mais luz em um fato óbvio, Sônia Guajajara reforça seus vínculos com o imperialismo visitando e alinhando sua política com a política de John Kerry, que recentemente esteve no Brasil para dizer que “a Amazônia não é do Brasil, mas de todos”, ao lado de Marina Silva. Sônia Guajajara, que compõe a dita “bancada do cocar”, se reuniu a Kerry e outros líderes durante a COP27 para supostamente discutir a preservação da floresta. Segundo publicações nas redes, a ministra afirmou estar “mulherizando” a discussão, trazendo as mulheres indígenas para o palco global das discussões climáticas. Essa não foi a primeira reunião. Sônia Guajajara já requisitou de Kerry a intervenção dos EUA na política nacional, quando do caso do jornalista Dom Phillips, e do indigenista Bruno Pereira, assassinados na Amazônia brasileira. Qual seria, de fato, o interesse central das agendas de nossa ministra na COP? Certamente não é “mulherizar” e trazer cores tropicais para as fotos do evento. O PSOL, seu partido, já teve candidatos financiados pelo Itaú, e a própria Guajajara teve de admitir que viajou pela Europa com dinheiro da Fundação Ford, fachada da CIA.

Guajajara falou sobre o golpe de 2016 contra a então presidenta Dilma Rousseff e afirmou que trabalhará contra outras tentativas de golpe no país: “E aqui, Sônia Guajajara e Anielle convocam todas as mulheres para dizer, juntas, que nunca mais vamos permitir um outro golpe no nosso país”. A declaração em si aparenta ser combativa, no entanto, na prática, o caminho é mais complicado. Como lutar de fato contra o golpismo se recebe financiamento dos golpistas?

A lista de contradições só aumenta. Guajajara, que deu uma banana para Dom Pedro I, no 7 de setembro, adorou estar com Charles, no Reino Unido. Um representante “puro-sangue” do imperialismo. Foi recebida por ele na COP-26. No evento, “os governos do Reino Unido, EUA, Alemanha, Noruega e Países Baixos, junto a dezessete entidades filantrópicas, anunciaram que doarão US$ 1,7 bilhão – quase R$ 10 bilhões no câmbio atual – para que povos indígenas e comunidades locais protejam seus territórios e ajudem a combater as mudanças climáticas”.

Guajajara, como na sua ação contra a usina de Belo Monte, representa não apenas a desarticulação da política, mas a sabotagem da mesma e a capitulação perante o imperialismo: Guajajara foi financiada por herdeiros do Itaú e outros grandes capitalistas nas últimas eleições. Essa é a natureza da política identitária, que nada tem de defesa dos índios, mas sim uma defesa do imperialismo contra o Brasil, a Amazônia e seus habitantes.

No ano passado, este Diário realizou uma série de levantamentos na consulta pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a plataforma do TSE, Sônia recebeu R$ 190.000,00 de Elisa Sawaya Botelho Bracher, ninguém menos que a filha de Fernão Carlos Botelho Bracher, um importante banqueiro brasileiro. Fundador do banco BBA (posteriormente adquirido pelo banco Itaú), Fernão ocupou o cargo da vice-presidência no conselho de administração do Itaú. Além disso, foi vice-presidente do Bradesco e presidente do Banco Central durante o governo Sarney. Ou seja, um capitalista de primeira categoria.

É preciso cessar as ilusões com relação ao identitarismo, e entender que a única política capaz de salvar os indígenas brasileiros, a Amazônia e o Brasil é uma política operária e soberana, em frontal conflito com o imperialismo.

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