No dia 27 de janeiro, um atirador palestino matou sete pessoas e deixou mais três pessoas feridas numa sinagoga nos arredores de Jerusalém. Esse ataque palestino foi uma reação contra os mortíferos ataques israelenses à Cisjordânia, tirando a vida de 9 cidadãos, um dos maiores atentados na história da cidade.
O atirador palestino, segundo informações da polícia, chegou ao local do ocorrido às 20h15, praticou o ato e em seguida foi atacado pela polícia, morrendo no local. Essa área da Cisjordânia fora anexada pelos israelenses em 1967, de lá para cá seus moradores sofrem cotidianamente a opressão israelense, sob a impunidade da Organização das Nações Unidas(ONU) e com apoio de diversas potências imperialistas.
O funcionário do serviço de ambulâncias israelense, Shimon Alfasi, afirmou que o serviço de socorro chegou ao local “extremamente rápido e foi horrível. Pessoas feridas caídas na rua”, disse.
A polícia acusou o palestino de “terrorista”, mas sabemos que os cidadãos palestinos estão se defendendo e respondendo à ditadura israelense, que massacra e assassina centenas de palestinos todos os anos.
A ação do palestino contra a ditadura israelense foi apoiada pelo grupo islâmico Hamas: “uma resposta ao crime cometido pela ocupação em Jenin e uma resposta natural às ações criminosas da ocupação”. Sem assumir responsabilidade, de forma mais tímida, um outro grupo islâmico, Jihad Islâmica, também defendeu o ataque.
A notícia do ocorrido provocou muitas manifestações em Ramallah, que é a maior cidade da Cisjordânia, e de Gaza, onde diversos cidadãos gritavam “morte aos terroristas”.
As autoridades americanas ligadas ao terror judaico, como o secretário de Estado americano, Antony Blinken, nada fazem para interromper essa escalada de terror. O ataque ocorreu logo após a visita de Blinken à Israel e à Cisjordânia.
O israelense Itamar Bem-Gvir, ministro da Segurança Nacional de Israel, um linha-dura nesse conflito político, em visita ao local do ataque contra os israelenses, disse que “o governo tem que responder, se Deus quiser, é isso que vai acontecer”. “Responder” quer dizer mais ataques e violência contra o povo palestino. O Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que assumiu o poder em dezembro de 2022, conduzindo um governo bastante extremista, afirmou que Israel não quer agravar a situação, mas mandou seu sistema de segurança ficar alerta, o que também significa mais intolerância e ataques ao povo palestino. Netanyahu cinicamente afirmou esta semana que forjou “um novo conceito de paz” no conflito com os árabes.
Os acontecimentos dessa semana demonstram que os palestinos e demais povos árabes continuam respondendo à opressão no Oriente Médio, onde as interferência dos Estados Unidos e aliados têm Israel como bucha de canhão para enfraquecer a unidade, independência e união dos povos árabes.