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Golpista

Confirmada a participação do General Heleno no 8/1

Está cada vez mais difícil esconder a organização do 8 de janeiro pelos militares

Mais informações estão sendo divulgas sobre o 8 de janeiro à medida que as investigações vão avançando. Uma reportagem da revista Istoé (Exclusivo: o papel do general Augusto Heleno na tentativa de golpe em 8 de janeiro, 17/02/2023) mostras as evidências que ligam o General Augusto Heleno à invasão da Praça dos Três Poderes. “O general Augusto Heleno foi um dos mentores intelectuais dos ataques do 8 de janeiro, desmontou a estrutura de segurança que permitiria garantir a integridade da Presidência e era a grande referência militar para os grupos extremistas. Seu papel será julgado pelo STF” diz a matéria. Um vídeo de sua mulher divulgando a manifestação e outro comprovando sua participação já apontavam para o claro envolvimento de Heleno, se sua mulher era culpada, ele seria mais ainda. 

Augusto Heleno era o responsável pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) durante o governo Bolsonaro, e ao longo dos últimos quatro anos sempre aparecia ao lado do presidente como um braço direito. Heleno fez parte da linha dura da ditadura, foi ajudante de ordens do General Sylvio Frota, que tentou dar um golpe e derrubar Geisel para enrijecer o regime. Até agora nenhuma das investigações apontavam os generais como organizadores do ato do dia 8, não que faltassem evidências como a participação da mulher do Gal. Heleno, ou o fato dos manifestantes estarem acampando no Quartel-Geral de Brasília há meses, mas porque o alto escalão militar é uma força golpista com a qual é difícil de se mexer. A reportagem aponta que o general “tirou militares de posições importantes do órgão e da Abin para deixá-los sem reação. ‘Heleno foi de uma conivência abissal’, diz um ministro do Supremo. O militar só deixou gente da confiança dele nos principais postos, e essa ação foi o que mais contribuiu para a falta de um projeto de reação do governo no dia do golpe” , esse planejamento começou logo após a derrota de Bolsonaro e o começo da equipe de transição. Um dos homens de confiança de Heleno, coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, participou da manifestação e publicou nas redes sociais um pedido para que as Forças Armadas “entrassem no jogo, desta vez do lado certo”. No dia da invasão, Wadih Damus, do PT, atual secretário do Consumidor do Ministério da Justiça, denunciou que uma sala do GSI foi invadida, sendo levados documentos e armas.

Ainda segundo a reportagem “o ex-ministro do GSI é visto como um dos principais, se não o principal, articulador de uma tentativa de golpe de Estado que começou a ser conspirada meses antes das invasões. Fontes ligadas à Segurança Pública e ouvidas por ISTOÉ relatam que Heleno teria usado o aparato técnico do órgão que comandava e a influência nas Forças Armadas para evitar a posse do presidente Lula. As articulações que aconteciam nos bastidores eram retratadas a apoiadores com veemência após a vitória de Lula. E no dia dos ataques isso teria se refletido, entre outras ações, na facilitação do acesso de radicais ao Planalto.”.

O general está sendo investigado pelo STF por crime de omissão, um crime difícil de ser provado, não devemos esperar que as investigações acerca do 8 de janeiro, ainda mais sendo feitas pelo STF, cheguem no fundo da questão, outros dois generais estão sendo investigados, são eles Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente da chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, e Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria de Governo e da Casa Civil. O governo Lula está em uma saia justa com os militares, pois apesar da imprensa indicar que há um esforço em despolitizar as Forças Armadas, e Lula ter trocado o chefe do GSI e indicado um novo chefe das FA, Miguel Ribeiro Paiva, é muito difícil punir os militares, primeiro pela união que tem dentro das Forças Armadas, segundo pela hostilidade delas. Nenhum militar foi punido, apesar dos esforços do governo, Dilma com a Comissão da Verdade. Será preciso que as forças populares se organizem contra os militares, não somente a parcela bolsonarista envolvida no 8 de janeiro, mas as FA como um todo, pois a parcela que não é bolsonarista é muito próxima ao PSDB e apresenta um risco grande de golpe, vale lembrar que estes tiveram participação importante no golpe de Dilma Rousseff. O povo não deve esperar que o STF, outra força golpista de autoritária dentro do Estado, aja, deve agir desde já contra os golpistas em defesa do resultado eleitoral e de um governo mais controlado pelos trabalhadores. 

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