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"Imexível", diz colunista

Burguesia reconhece fracasso da perseguição a Bolsonaro

Fora a esquerda pequeno-burguesa, ninguém mais no País realmente se entusiasmou com a perseguição escandalosa movida pelo imperialismo contra Bolsonaro

A luta do imperialismo para eliminar a força do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) fracassou. É o que indica a pesquisa do Datafolha do último dia 15 e analisada também pela colunista do Estado de S. Paulo, Renata Agostini, publicada no último dia 21. Com um título melancólico, “Não há escândalo que abale a confiança bolsonarista”, Agostini expressa também um certa resignação, de quem percebe que após tanto investimento na tentativa de fazer emergir uma direita mais controlável, só a esquerda pequeno-burguesa realmente se entusiasmou com a campanha contra Bolsonaro. Ninguém mais.

O fato é ainda mais importante à luz do escândalo do momento: a delação premiada de do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid. Como tem sido o habitual dos últimos meses, a esquerda pequeno-burguesa está em polvorosa, esperando que após a arbitrária decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar os direitos políticos do ex-presidente até 2030, um infortúnio ainda mais arbitrário e sinistro se abaterá sob o líder da extrema-direita, que a julgar por este setor da esquerda, seria atirado à prisão.

O que a realidade evidência, no entanto, é algo muito diferente. A colunista do Estadão e a pesquisa do Datafolha indicam não apenas que a burguesia não se definiu quanto a uma eventual prisão, como teme reproduzir aqui o fenômeno observado nos EUA, onde a tentativa de anular politicamente o líder da extrema-direita produziu um efeito inverso.

Não se sabe exatamente o que o Datafolha apurou, por isso deve-se considerar não o que o instituto de pesquisa do Grupo Folha divulga, mas o que a burguesia está sinalizando, no caso, uma aparente tentativa de administrar a crise produzida para tentar ressuscitar o PSDB e o centro político. Com pelo menos um quarto do eleitorado brasileiro fiel a Bolsonaro “a despeito de muitas complicações” (idem), não será fácil para a burguesia colocá-lo em uma cela. Se para a burguesia, a situação está problemática, para a esquerda, a situação coloca desafios que deverão ser enfrentados.

Os trabalhadores não podem continuar se eximindo de intervir, acreditando que a burguesia resolverá o problema representado pelo bolsonarismo e menos ainda apoiar todas as arbitrariedades cometidas pelo Judiciário. A população em geral não entende porque tantas pessoas do campo estão sendo presas porque, de fato, não há nada além de uma implacável perseguição política, totalmente desinteressada dos limites legais impostos à ação repressora do Estado.

Se a esquerda manter-se apoiando os crimes cometidos para alijar o bolsonarismo, inevitavelmente sofrerá o mesmo descrédito que os demais opositores do bolsonarismo sofrem e que fica evidente pela pesquisa da Datafolha. Debater, no entanto, expor as incongruências e a falta de coerência da política bolsonarista é uma maneira de atrair esses setores populares confusos para onde eles realmente pertencem: a esquerda, o campo da contestação da ordem vigente por excelência, desde a Revolução Francesa.

Defender os direitos democráticos e os interesses dos trabalhadores ao invés da loucura repressiva proporcionada pelo identitarismo. Também devem evitar se misturar ao esgoto da direita tradicional, o que sempre será ótimo para eles e péssimo para quem se aventurar. Métodos de luta política serão muito mais eficazes para combater o bolsonarismo politicamente, do que através dos repressivos métodos adotados até aqui e que nenhum efeito surtiram.

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