A partir do ano de 2015, os Estados Unidos organizaram com o bloco imperialista de conjunto uma série de sanções econômicas que obstaculizaram o comércio desde alimentos a materiais básicos para a população venezuelana. Com o intuito de derrubar o governo eleito pelos trabalhadores, o imperialismo impulsionou a crise no país, forçando a população venezuelana empobrecer na tentativa de desestabilizar o regime.
Tais atos criminosos foram responsáveis por ferir uma série de direitos básicos da população da Venezuela, ao ponto que até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que as ações dos EUA prejudicam os direitos humanos no país.
Segundo Volker Turk “Embora as raízes da crise econômica na Venezuela sejam anteriores à imposição de sanções econômicas, como destaquei em minhas interações, é evidente que as sanções territoriais impostas desde 2017 acabaram agravando a crise econômica e prejudicando os direitos humanos”.
Desde a metade da década, mais de 150 sanções foram feitas contra a Venezuela, impedindo o país de realizar transações internacionais por meio do dólar, o que aumentou os gastos em U$ 20 bilhões para as contas do Estado. Além disso, os impactos atingem retenções bancárias, como também o país ainda sofre com o boicote da burguesia internacional e local, que sabotam a população especulando com alimentos, matérias básicos e de saúde. Nesse sentido, o povo venezuelano ficou privado de acessar meios básicos de subsistência.
Com estas sanções, até mesmo o tempo de entrega de produtos básicos aumentou, e os gastos extras somam US$ 37 bilhões. Em meio a tamanho impacto das sanções, o regime político nacionalista venezuelano apenas se sustenta graças ao amplo apoiar popular.
Mesmo em meio a uma crise fabricada pelo imperialismo a classe trabalhadora venezuelana se coloca do lado de Nicolas Maduro. Tal fato permitiu a sustentação do governo baseado na mobilização das amplas massas de trabalhadores.
Em conjunto a este problema, a crise geral do imperialismo a nível internacional vem possibilitando um novo momento para as negociações econômicas do país, que por meio das alianças com China e Rússia pode aos poucos driblar os fortes embargos norte-americanos.
Com as denuncias da ONU, fica claro o enfraquecimento da política genocida do imperialismo contra o povo venezuelano, e deve servir de base para uma forte política anti-imperialista em toda América Latina.