Faltam dois dias para o início dos trabalhos da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, que conta, neste momento, com mais de 2000 pessoas confirmadas.
Por todos os lados, os comitês e setores da militância combativa da esquerda se mobilizam para levantar os recursos para garantir a viagem de centenas de ativistas de base e lideranças, diante das longas distâncias para serem vencidas, em 99% dos casos de ônibus, aproveitando-se – inclusive – do feriado nacional de amanhã, 8 de junho.
Em busca de recursos
Além de muitas outras iniciativas e campanhas locais, dos comitês, uma vaquinha na internet está recolhendo recursos para disponibilizar recursos para os que precisam de apoio para a viagem, alimentação estadia etc.
Destacadas lideranças da esquerda, sindicatos e movimentos sociais e populares confirmaram presença. De todas as regiões do País, estão sendo organizadas caravanas, depois de meses de preparação em que foram realizadas dezenas de Conferências municipais e estaduais, com a participação presencial e on line de de milhares de pessoas , inclusive do exterior.
Neste aspecto fundamental, o da sustentação a Conferência se assemelha a todas as mobilizações decisivas dos explorados, nas quais o setor mais combativo teve que se mobilizar para superar a apatia e as ilusões dos setores mais conciliadores que se fiam e semeiam ilusões nas instituições do regime político decadente. Foi assim, por exemplo, na fundação da CUT, no final da ditadura militar (1983). Foi assim, também, na luta contra o golpe, contra a prisão e pela liberdade de Lula, quando muitos setores que se apoiaram na maioria liderança popular do País para conquistar cargos e vantagens – como acontece, inclusive com sabotadores que ocupam postos no governo – se recusavam a apoiar material e politicamente a mobilização.
Preparando uma nova etapa
Os debates organizados no encontro, já iniciados nos últimos meses, dão conta de temas centrais para a luta dos trabalhadores, cujos interesses não podem ser conquistados apenas por meio do voto a cada dois anos e das articulações institucionais. Por isso, a pauta da Conferência vai trazer para a discussão temas centrais como a luta pela reposição das perdas salariais e contra o desemprego; a luta pela terra e por moradia e contra o massacre e opressão constante dos pontos indígenas em diversas regiões do País; ao combate por educação e saúde públicas de qualidade e a defesa da soberania nacional, incluindo a luta contra as privatizações e pela reestatização de empresas fundamentais para o desenvolvimento do País como a Eletrobrás e a Petrobras.
Os debates em torno destes temas e as propostas de luta em discussão na Conferência podem ser um importante motor para uma nova etapa de luta, alavancando uma luta geral de setores decisivos, das organizações de massas dos explorados como a CUT, o MST, a UNE e dos partidos da esquerda ligada ao movimento operário.
Organização
A Conferência terá o credenciamento na tarde de sexta-feira (9), e funcionará em plenárias no sábado (10) e domingo (11).
Veja as principais mesas que estão sendo preparadas:
Sábado, dia 10/6
9h – Luta pela terra Moradia e em defesa dos povos indígenas;
11h – A Luta por Educação e Saúde Públicas;
14h – A luta por salário e emprego;
17H – Economia e soberania nacional.
Domingo, dia 11/6
9h – Plenárias setoriais: Sindical; Juventude; Luta por Terra e Moradia; Mulheres; Negros e Cultura
11h – Plenária final: deliberação das propostas da Conferência para a luta do próximo período;
14 – Ato de luta contra o imperialismo com representantes de diversos países