─ Por Vozdascomunidades ─ Nesta terça-feira (24), uma chacina policial realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, ocasiono na segunda maior letalidade em operação de agentes de segurança pública na cidade do Rio de Janeiro, com 23 mortos e sete feridos até o momento.
A ação, que iniciou-se às 5h da manhã, ainda não teve conclusão. Cerca de 32 escolas, juntando Penha e Alemão, tiveram fechar para os estudantes, devido ao clima tenso, mas ofereceram ennsino online, para que não fossem prejudicados. Algumas Unidades de Saúde dessas comunidades só funcionaram de maneira interna.
Em forma de protesto, moradores e mototaxistas realizaram uma manifestação na região conhecida como Matinha, no alto da Penha. Pois, conforme relato local, todas as atividades relacionadas ao comércio, que geram renda, sofreram grandes danos pela intervenção dos agentes. Anonimamente, uma pessoa revelou que os agentes circulavam pela região gritando a seguinte frase: “todo mundo vai morrer”.
Com o objetivo em repudiar e brecar essa estratégia de genocídio nas favelas do Rio de Janeiro, 20 organizações e instituições compartilharam uma nota pública de defesa aos Direitos Humanos e a integridade à vida. Entre elas, a Anistia Internacional Brasil, Instituto Marielle Franco, Casa Fluminense, Instituto Raça e Igualdade, Observatório de Favelas e outras. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou investigações a respeito da operação dos agentes.
Importante ressaltar que a chacina de Jacarezinho, a mais violenta da história dos agentes de segurança pública, completou um ano no dia 06 de maio. Movimentos sociais, familiares inauguraram um memorial em homenagem aos 28 mortos da chacina do Jacarezinho. Porém, foi destruído por policiais uma semana depois.