Os trabalhadores nas indústrias de carne, derivados e dos frios no estado de São Paulo têm como data base o mês de novembro, no entanto, ao longo dos anos, diante do governo Bolsonaro, a situação desses operários em relação às condições de vida e trabalho estão cada vez mais difíceis, além de sofrerem enorme perda em seus salários.
As negociações de reajuste nesse período foram sempre rebaixadas, sendo ele, na maioria das vezes, inferior à manipulada inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do trabalhador ter seu salário reajustado uma única vez por ano, em contrapartida, os patrões, os donos de frigoríficos, reajustam quando e quanto querem seus produtos.
Para ver o tamanho da ganância dos patrões do setor frigorífico, os levantamentos realizados por órgãos como o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos entre a proteína animal e aves, os produtos tiveram alta muito acima da inflação, determinados casos em mais de 10 vezes no período de apenas dois anos, e a carne bovina e suína são das principais, bem como a de aves.
Para se ter uma ideia do tamanho da exploração às custas do suor e sangue dos trabalhadores por causa da busca de cada vez mais lucro, o grupo JBS/Friboi, somente nos dois primeiros trimestres deste ano, já obteve 8 bilhões de lucro líquido, podendo, sem medo de qualquer erro, atingir, no final do ano, de 12 a 15 bilhões de lucro, assim como os demais frigoríficos.
O rebaixamento dos salários dos trabalhadores se dá em todos os setores da economia, e sequer acompanhou a famigerada inflação manipulada por Bolsonaro e seu assecla Paulo Guedes, em virtude do aumento de produtos e serviços, a exemplo do aluguel, luz, água e gás de cozinha, combustíveis (gasolina, álcool, diesel), enfim.
100% de aumento já!
Os trabalhadores em frigoríficos reivindicam de seus patrões não menos que 100% de reajuste salarial, bem como:
Redução na jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução nos salários;
Salário mínimo de R$ 7.000,00;
Cesta Básica de 45 quilogramas;
Convênio médico gratuito para todos os trabalhadores e suas famílias;
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio está percorrendo os frigoríficos nas diversas regiões de São Paulo e nos demais municípios para debater com os operários sobre a campanha salarial com boletins, cartazes, adesivos, e fazendo reuniões nas portas das fábricas das diversas regiões.