O ex-primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, foi baleado na perna na quinta-feira (3), quando acenava para a multidão de um contêiner, montado em um caminhão de onde liderava uma marcha de protesto na capital, para pressionar por eleições antecipadas e pedindo a renúncia do primeiro-ministro, Shehbaz Sharif. Uma pessoa foi presa e assumiu a tentativa de assassinato, porém à muitas suspeitas sobre o episódio.
Segundo Khan uma pessoa foi morta e outras 11 ficaram feridas no ataque em Wazirabad, cerca de 170 quilômetros a sudeste de Islamabad. “Farei um chamado para marchar em Islamabad assim que melhorar” – afirmou. Khan acusou três pessoas de planejar o plano para assassiná-lo, Sharif, o ministro do Interior Rana Sanaullah e o oficial de inteligência major-general Faisal Nasser. Sharif liderou uma coalizão de partidos que destituiu Khan do cargo por meio de uma votação parlamentar em abril. “Aqueles três homens decidiram me matar”, declarou Khan
Em 28 de outubro, o ex-primeiro-ministro lançou, a partir de Lahore, uma nova “longa marcha” sobre a capital, para pressionar o Governo do primeiro-ministro. A partir de Wazirabad, Khan disse que a marcha levará entre 10 e 15 dias para chegar à cidade de Rawalpindi, onde se espera que grupos vindos de outras partes do país se juntem à manifestação. Um dia após o atentado as manifestações que eram pacificas, entraram em confronto direto com a policia.
Os protestos aumentaram significativamente depois da tentativa de assassinato. Segundo a Europa Press, fontes do partido paquistanês Tehree-e-Insaf (PTI) confirmaram o início de marchas de protesto nas principais cidades do país, como Islamabad, Carachi, Lahore, Queta, Peshawar, Malakand, Rajanpur, Bahawalnagar e Kohat, entre outras, que terminam em confrontos com maior ou menor intensidade com as forças militares. O líder do PTI disse que irá manter contato com os líderes da marcha e eventualmente liderar o “mar de pessoas” em direção a Islamabad.
Os manifestantes estão bloqueando ruas e principais estradas, queimando carros e etc. nem ambulâncias estão passando nos bloqueios. “É nossa decisão, em princípio, que a marcha não pare. Pode mudar a sua forma, mas continuaremos a nossa luta pela liberdade” afirma um dos líderes do partido, Musarrat Jamshed Cheema, para a Al Jazeera.