Violência no campo

Polícia ignora agressão de jagunços: camponeses precisam se armar

Não será através das instituições da burguesia que a violência no campo vai acabar, é preciso organizar e mobilizar os comitês de autodefesa armados

No ultimo dia 9 de novembro, a Comissão Pastoral da Terra de Araguaia/Tocantins soltou uma nota de repúdio denunciando ataques de jagunços contra famílias e casas na região da comunidade Gleba Tauá, em Barra do Ouro, Tocantins. De acordo com a denúncia, pessoas foram espancadas e casas incendiadas. Segundo a nota, “Funcionários” do Sr. Pedro Amaro, conhecido como Pedro Curitiba, arrendatário de uma área dentro da Gleba Tauá, agrediram o trabalhador rural Bismark Bezerra dos Santos, com socos e chutes, além de tomarem o seu celular.

No dia 26 de outubro, dois jagunços de Amaro foram até a chácara Quatro Corações, de posse de Bismark, para avisá-lo que, no dia seguinte, iriam instalar uma cerca dentro da posse dele e que, se o mesmo ficasse no meio, “iria ser atropelado” além de que, se ele tentasse arrancar essa cerca, iriam colocá-la de volta. Alguns dias depois (4 de novembro) ao qual eles teriam falado que voltariam, pela parte da manhã, 11 homens a mando de Amaro começaram a instalar a cerca. Bismark começou a filmar a situação, os jagunços o atacaram, o seguraram e começaram a espancar o morador na tentativa de tomar seu aparelho celular.

Acionadas, as policias civil e militar estiveram no local. A militar chegou a encontrar com os homens de Amaro fazendo a cerca. Um dia depois, os homens não apenas continuaram a cerca como também queimaram a casa do vizinho de Bismark. No domingo (06), as violências se intensificaram: queimaram outras duas casas, destruíram a cerca da posse de vários trabalhadores da comunidade e agrediram um terceiro trabalhador, de nome Francisco. Ou seja, não adiantou nada chamar a policia. Pelo contrário, a violência se intensificou.

Este é um caso onde jagunços e latifundiários atacam camponeses e moradores da região. Situações como essa em áreas de conflito são rotineiras. Amaro, por exemplo, tem vários boletins de ocorrências por agressão, ameaças etc. Ainda segundo a nota da Pastoral, o local de conflito é terra pública da União, sobre a qual vigora uma Portaria do Incra, criando nela um Projeto de Assentamento (Port. n°285 de 1° de março de 2018). Uma ação judicial movida contra os posseiros por Pedro Amaro está ainda no aguardo de uma decisão.

Fica claro que não será através das instituições da burguesia que o trabalhador camponês terá seu direito à terra assegurado. A policia não existe para defender ou proteger o povo, mais sim os patrões, no caso o latifundiário. Nesse sentido, a única saída para acabar com esses ataques e garantir o direito dos camponeses à terra é por meio da luta armada, ou seja, os camponeses devem organizar a sua autodefesa e formar comitês armados para defender os seus interesses.

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