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Eleições 2022

PE: conheça Liliany Tenório, candidata do PCO a deputada estadual

Companheira fala sobre a situação dos trabalhadores em Pernambuco e qual o papel de sua candidatura

O Diário Causa Operária vem fazendo uma série de entrevistas com os candidatos do PCO ao Senado, aos governos dos estados e a deputados federais e estaduais, buscando apresentar aos eleitores a proposta política do Partido.

Através de seus candidatos, que representam o Partido neste momento, mostra seu programa de luta de classes que une a teoria à prática revolucionária. Trata-se de uma visão marxista do processo histórico para o avanço da classe operária rumo à tomada do poder.

Desta vez, a entrevistada é a candidata a deputada estadual pelo estado de Pernambuco, Liliany Tenório. Liliany participou de um evento no Twitter no sábado passado (03), no programa Sabatina Popular com os candidatos do PCO em Pernambuco.

Na ocasião, Liliany comenta que é a primeira vez que participa de uma concorrência a cargos públicos. Ademais, disso que está um pouco ansiosa, naturalmente, e que está feliz por participar ativamente da luta política neste momento delicado, mas também histórico, que ocorre no Brasil.

A candidata comenta que a campanha está difícil, já que o Partido vem sofrendo vetos e censuras. Ela diz que “É muito sangue e suor, mas pouco dinheiro”, se referindo ao fato que o TSE não liberou as verbas partidárias do PCO ainda. Mesmo assim, vai para as ruas distribuindo panfletos em busca de justiça e da democracia.

O entrevistador, Eduardo Vasco, informa aos espectadores que a sabatina não é como nos programas da imprensa golpista, já que os ouvintes podem fazer perguntas à vontade. Na sequência, questiona como ela se tornou candidata e sua profissão.

Liliany informa que conheceu o PCO participando da caravana do Nordeste com destino ao Réveillon para o Lula, na sede da Polícia Federal em Curitiba/PR, organizada pelo PCO. A partir desse momento, se interessou pelo partido, se filiou e participou da Universidade de Férias pessoalmente em São Paulo para ouvir as aulas do companheiro Rui Costa Pimenta, o que a levou a participar de outras atividades do partido.

Ela se encontra desempregada no momento e foi aprovada no vestibular para Ciências Sociais da Universidade Federal Rural de Pernambuco em Recife. Todavia, a universidade não quer aceitar sua inscrição pelo fato de ter completado o segundo grau em curso supletivo, decisão contra a qual está recorrendo à justiça para poder efetivar sua matrícula. 

Indagada quanto à situação da pobreza em Pernambuco, ela comenta que tem piorado.

“A pobreza está voltando sim. A sensação que eu tenho é que nós voltamos à década de 90. Nessa época, eu morava na comunidade Vietnã e testemunhei muita pobreza, muita fome e crianças morrendo de fome. Eu também era criança e lembro bem disso. As pessoas morando em cima de esgotos, em casas de madeira”, disse Liliany.

Vale lembrar que esse período foi justamente o do governo FHC, do PSDB, em que o nível de miséria é ainda pior ao que assistimos hoje em dia. O que há de comum nesses tempos históricos distintos é que a política aplicada tem sido o neoliberalismo, conhecido por ser o mais cruel que já existiu para os trabalhadores e extremamente enriquecedor da burguesia, em especial da imperialista.

“Hoje existem outras favelinhas, outras ocupações, muita pobreza, muita fome, muita doença. Crianças em situação de risco, sem escolas, as pessoas nessa chuva perderam tudo que tinham. Vamos dizer assim, quem não tinha nada, perdeu tudo o que restou, roupas, comida e aquele fogãozinho. A pobreza é crescente e de forma absurda”, diz ela.

Liliany completa o raciocínio dizendo que há muito desemprego e os auxílios emergenciais não atingem todas as pessoas, deixando muitas famílias em situação de extrema miséria, algo que faz lembrar a década de 90. Isso quando já tínhamos superado ou estávamos em situação de crescimento de acabar com a miséria, e tudo voltou de forma muito rígida, muito dura para essa população:

“Para os mais pobres, a comida está com valor horrível. Aqui em Recife, o quilo da carne de segunda está a 45 reais, o quilo de feijão está a 12 reais, um litro de óleo a 16 reais. O pobre não pode comer se não receber a cesta básica, o auxílio emergencial[…] O dinheiro que os catadores de reciclável conseguem em um dia não dá pra se alimentar. Muito trágico isso.”

Os relatos da candidata a deputada estadual pelo PCO revelam a realidade em todo o País e, em certa medida, em todo o planeta, pois a crise do capitalismo atinge, neste momento, a todos os Países, mudando apenas o grau de miséria já instalado. É algo que tende a se agravar enquanto não houver uma saída concreta para a crise gigantesca pela qual passa o capitalismo.

Nesse quadro de crise, o que já aparece no noticiário é o crescimento das manifestações nas ruas em todo o planeta, como no caso mais recente da República Tcheca, onde o povo protesta, num grande ato, contra a União Europeia, a Otan, a fome e desemprego e, principalmente, contra a carestia que assola toda a Europa com a falta de gás e petróleo, encarecendo todos os produtos numa inflação sem controle.

O quadro é péssimo para os trabalhadores e logo perceberão que só nas ruas poderão reverter essa situação. Enquanto a alta burguesia continua aumentando os lucros e fortunas no sistema financeiro, os trabalhadores seguem em sentido oposto, aumentando a fome e miséria sem precedentes. Sendo assim, o povo precisa tomar as ruas pela derrubada do imperialismo, por um governo de trabalhadores no qual o objetivo é a justiça social e a distribuição igualitária da riqueza produzida por essa classe que é apropriada pela burguesia, deixando os trabalhadores sem nada.

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