Pesquisa feita pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) sobre abordagem policial na capital fluminense mostra que, em todas as situações pesquisadas, os mais abordados pelas forças repressivas dos Estado são pessoas negras ou pardas.
Dentre aqueles que já tiveram suas casas revistadas, negros e pardos representam um total de 79%. Já nas ruas, o levantamento constata que nas abordagens realizadas por policiais, os negros são alvos preferenciais em 63% dos casos. Trata-se de um percentual maior do que a proporção da população negra na cidade do Rio: 55% do total de habitantes.
Dentre aqueles que já tiveram um amigo ou familiar morto pelas forças repressivas do Estado, são os negros 74% e ainda 71% dentre aqueles abordados em transporte público.
Do total de pessoas que participaram da pesquisa, 17% delas já foram abordadas mais de 10 vezes pela polícia. O perfil daqueles que foram abordados mais de dez vezes pelas forças de repressão é de homem negro, de até 40 anos, morador de favela e com ganhos de até 3 salários mínimos.
Não é coincidência que a truculência policial aumente em cima justamente do segmento mais oprimido da sociedade, como é o caso dos negros. A função da polícia como braço armado do Estado burguês é justamente a de reprimir e intimidar aqueles que ameaçam o regime e nesse momento no Brasil, onde existem mais de 100 milhões de pessoas desempregadas ou vivendo de subemprego e até inclusive passando fome. A convulsão social iminente exige do braço assassino da burguesia um rigor ainda maior na violência usada em cima da população pobre e preta.
É portanto de extrema importância e necessidade que a população negra e pobre se organize para que em conjunto consigam traçar estratégias de auto defesa contra a truculência estatal com a criação de comitês de auto defesa, se possível armados. E também lutar por Lula Presidente, por um governo dos trabalhadores, com um programa que exija a extinção dessa polícia assassina chamada Polícia Militar.