Nesta semana, médicos de Belém entraram em greve devido à falta de pagamento dos seus salários, que estão em atraso há quase cinco meses. O pagamento deveria ser feito por uma organização social que administra as unidades de saúde, segundo a própria prefeitura da capital paraense.
Paciente das unidades de pronto atendimento do Jurunas e da Marambaia não encontraram médicos e por isso não puderam ser atendidos. Segundo a secretária de saúde, “médicos estão trabalhando, porém, atendendo apenas casos graves”.
Em nota, o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) disse que “há meses vem tentando dialogar com a gestão da saúde no município, solicitando reunião ao Secretário de Saúde de Belém para falar sobre os constantes atrasos de pagamento, não obtendo qualquer resposta até agora”.
Além da falta de respeito pela falta de pagamento, uma explícita exploração da mão de obra do profissional, estes atuam sem um contrato de trabalho formal, pois atuam como sócios cotistas das Organizações Sociais que atuam nessas unidades de saúde. Ou seja, é a velha terceirização adotada pela burguesia quando esta assume o poder com objetivo de lucrar nas costas do trabalhador.
O mais revoltante nessa situação é que a prefeitura de Belém é gerida por um político do PSOL, que supostamente deveria agir em prol dos trabalhadores e servidores públicos. A situação mostra que os pequeno-burgueses que comandam o PSOL seguem a mesma política da grande burguesia, diferenciando-se apenas em alguns discursos, os quais, na prática, se mostram uma grande demagogia.
É preciso conversar com a categoria e quitar seus salários, dar-lhe boas condições de trabalho, inclusive formalizando um contrato digno que possa assegurar direitos e segurança jurídica. Do contrário, essa prefeitura do PSOL age como carrasco e exploradora dos servidores públicos como qualquer governo reacionário das velhas raposas que administram a maioria dos municípios do Brasil.