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Anti-imperialismo

Lula expressa uma revolta mundial contra o imperialismo

Diversos países do mundo vêm se colocando contra a submissão imposta pela ditadura dos EUA e das potências europeias.

lula

Em entrevista concedida ontem (dia 3) à Rede RDR do Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu intensificando seus ataques contra o imperialismo e, particularmente, suas denúncias contra os Estados Unidos.

Lula também atacou a covardia da burguesia nacional, ao afirmar que “a elite brasileira fica lambendo bota e esperando que os Estados Unidos façam alguma coisa por nós. Não vão fazer“.

Segundo ele,  os Estados Unidos não têm qualquer interesse no desenvolvimento do Brasil e trabalham para que isso não aconteça, buscando criar uma frente contra o Brasil em nosso próprio continente: “todos os países da América Latina tinham o Brasil como inimigo, como um país poderoso. A política dos americanos era orientar militarmente os outros países a não gostarem do Brasil. O Brasil tem uma elite que acorda de manhã olhando para os Estados Unidos e Europa. Ela não vê a África nem a América Latina, não vê a Venezuela, não vê a Bolívia, não vê o Peru, não vê o Uruguai, Paraguai, Argentina, o Chile. É uma elite com complexo de vira-lata“, afirmou.

As declarações de Lula confirmam que ele tem feito um deslocamento para posições mais nacionalistas e mesmo anti-imperialistas, se colocando contra o principal inimigo não só do Brasil, mas de todos os povos oprimidos, que é o imperialismo norte-americano.

Ao mesmo tempo, na entrevista, Lula defendeu uma maior aproximação com a China, que vem sendo duramente atacada pelo governo dos Estados Unidos, não só como parte de uma guerra comercial que se intensifica, como também com ameaças de agressões e impulsionamento de movimentos separatistas e outros contrários aos interesses do povo chinês.

Eu sei o esforço que nós fizemos para que nós pudéssemos ocupar o mercado chinês, e hoje eu fico feliz em saber que a China é o maior consumidor dos produtos agrícolas brasileiros. É para lá que nós vendemos mais e é por isso que nós temos que tratar os chineses com respeito, porque no dia em que o chinês parar de comprar, a gente vai ter dificuldade“, disparou o ex-presidente.

Essas e outras declarações recentes de Lula demonstram que ele continua se deslocando para posições nacionalistas devido à revolta de sua base de apoio com a política econômica entreguista do regime golpista (tanto os trabalhadores como setores da própria burguesia nacional, pois o golpe destruiu empresas brasileiras e afetou o próprio agronegócio), diante do agravamento da crise econômica que, nem de longe, dá sinais de arrefecimento.

O posicionamento de Lula se vincula também, de forma progressista, às questões externas, pois se mostra em sintonia e é parte de um movimento global que se encontra em países oprimidos, que é o da contradição cada vez mais clara entre os interesses nacionais desses países (dos operários e da burguesia nacional) e os interesses do imperialismo, que asfixia esses países.

A China, a Rússia, Venezuela, Nicarágua, Irã, Síria, Bielorrússia e dezenas e dezenas de países governados pelo nacionalismo burguês estão esboçando uma espécie de aliança internacional contra o domínio imperialista e Lula indica que seu governo pode participar dessa aliança, e ter um papel importante no cenário internacional, diante da relevância do Brasil e da própria liderança de Lula, expressão das poderosas organizações da luta dos trabalhadores de um dos maiores países do mundo.

Tais posições devem ser apoiadas pelas organizações dos trabalhadores, que devem apoiar Lula, como parte a luta contra o golpe e por um governo dos trabalhadores e ─ ao mesmo tempo ─ debater e deliberar um programa próprio de luta contra o imperialismo, com reivindicações de defesa da economia nacional contra os abutres internacionais, como a luta pela nacionalização do petróleo e de todas as riquezas minerais e pelo cancelamento de todas as privatizações, reestatização da Petrobrás e outras empresas sob o controle dos trabalhadores e a estatização do sistema financeiro, fim da autonomia do Banco Central, para colocar os poderosos recursos gerados pelo trabalho da classe operária brasileira e a imensa riqueza nacional à serviço dos interesses da maioria da nação.

Isso junto com a defesa da unidade internacional dos trabalhadores e de suas organizações contra o imperialismo, que ─ neste momento ─ deve se expressar, entre outras questões, na defesa da China e da Rússia contra os ataques e provocações imperialistas, bem como na defesa de países ainda mais frágeis que vêm sendo duramente atacados, como é o caso de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Irã.

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