Durante a campanha eleitoral, muito se falou sobre a questão da Amazônia. O debate em que Bolsonaro enfatizava era os quilômetros quadrados de desmatamento dele e do governo Lula, entretanto, números sempre podem ser manipulados pelo interesse de quem os apresenta.
Na realidade, o governo Bolsonaro bateu recordes de desmatamento. Em outubro, totalizou 904 km², o pior número para o mês desde 2015, quando foi iniciada a série histórica do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É um aumento de 3% em relação a outubro do ano passado. Ademais, desde agosto, os alertas aumentaram 44,65%. Entre agosto e outubro, o acumulado é de 4.020 km², contra 2.779 km2 no mesmo período de 2021. O desmatamento atingiu 13.038 km2 em 2021, a maior taxa em 15 anos, que representa alta de 73% em relação a 2018, primeiro ano de Bolsonaro no poder. Os dados do Inpe foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Observatório do Clima, que chamou de “herança destrutiva” o passivo ambiental deixado por Bolsonaro.
Fica claro que Bolsonaro entregou grande parte do patrimônio nacional ao exterior, uma vez que todo o desmatamento feito durante seu governo não foi em prol do Brasil, mas sim, dos grandes latifundiários e capitalistas do setor financeiro. Um certo desmatamento é necessário, afinal, é preciso rumar ao desenvolvimento e, principalmente, à reindustrialização do País. É um elemento essencial para que a condição de vida da classe operária melhore.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua campanha, prometeu implementar o “desmatamento zero” no Brasil. É preciso preservar principalmente o solo Amazônico, pois é rico em minérios. Algum desmatamento sempre é necessário, como foi dito, porém, pode-se fazer uma política de reflorestamento onde foi desmatado ou onde ainda será. Enfim, existem diversas maneiras de promover o desenvolvimento da sociedade de maneira sustentável.
Desmatar uma floresta para utilizar os seus recursos não é, necessariamente, algo reacionário. Afinal, a humanidade precisa necessariamente dos recursos naturais da terra para progredir em sua indústria e, consequentemente, na sociedade como um todo. Dito isso, o jeito que esse desmatamento é feito pode sim ser reacionário, que é o caso da política de Bolsonaro para a Amazônia. É possível desmatá-la de maneira sustentável garantindo o desenvolvimento, algo que não é feito por Bolsonaro.
É preciso preservar a floresta e seus recursos para favorecer o povo brasileiro, é preciso demarcar as terras indígenas e quilombolas da região e fazer, se for o caso, um desmatamento que favoreça o povo brasileiro e não os interesses de madeireiras multinacionais que somente vêm aqui explorar a mão de obra do povo e roubar suas riquezas. Lula deve ter um programa claro de desenvolvimento que beneficie o povo pobre da floresta e expulse os latifundiários. A floresta deve servir ao povo brasileiro e a sua subsistência.