Conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), das 17 capitais em que é feita a pesquisa da cesta básica no país, 12 tiveram aumento do valor de seus produtos.
Os trabalhadores estão cada vez tendo que despender mais dinheiro e comprando muito menos alimentos a cada dia que passa, devido à sorte de coisas que o governo de Bolsonaro vem fazendo com o conjunto da população pobre que, mais e mais vê seu salário sendo rebaixado e seu poder de compra diminuindo drasticamente.
A alta se deu não somente no mês, mas comparativamente durante todo o ano, durante 12 meses, ou seja, de outubro de 2021 a outubro de 2022.
Conforme o estudo, entre as capitais, o valor da cesta básica aumentou em 3,17% de setembro para outubro. Entre outubro de 2021 e outubro de 2022, o estudo do DIEESE mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço. Neste ano, o custo da cesta básica apresentou elevação de 14,39%.
No mês passado, as principais elevações foram registradas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Em Porto Alegre, capital gaúcha, a cesta subiu (3,34%), seguida por Campo Grande (3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).
Já as reduções ocorreram em cidades do Norte e Nordeste: Recife (-3,73%), Natal/RN (-1,40%), Belém/PA (-1,16%), Aracaju/SE (-0,61%) e João Pessoa/PB (-0,49%).
De janeiro a outubro, o menor aumento foi em Recife/PE com variação de 4,89% e o maior aumento foi (Campo Grande/MS) com 14,39%. No acumulado em 12 meses, de 5,48% (Vitória/ES) a 15,38% (Salvador/BA). O menor valor da cesta foi levantado em Aracaju/SE (R$ 515,51).
Rebaixamento salarial
Enquanto isso, a grande maioria das categorias de trabalhadores não tiveram reajuste salarial, e muitos tiveram os salários rebaixados, uma vez que sequer obtiveram o percentual da inflação, índice da qual se sabe que é totalmente manipulado.
Conforme artigo da Rede Brasil Atual, em 22/06/2022, em balanço divulgado pelo Dieese, de janeiro a maio, a proporção de reajustes menores do que o INPC-IBGE subiu quatro pontos e atingiu 44,7% do total. Uma observação muito importante e que deve ser ressaltada é de que, nesse mês onde há uma quantidade enorme de datas-bases de negociações dos trabalhadores, apenas as campanhas naquele mês mostram resultado ainda pior: 54,5% dos reajustes perderam para a inflação medida pelo INPC do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É preciso uma mobilização dos trabalhadores de todas as categorias para exigir a reposição das perdas salariais que se acumularam e vem se acumulando no governo Bolsonaro, bem como um aumento real dos salários.
Aumento de 100% dos salários de todos os trabalhadores para repor as perdas acumuladas até agora.