Imediatamente após a venda de uma das subsidiárias da Caixa, realizada pelos golpistas do governo ilegítimo Bolsonaro, Caixa Seguridade, a bola da vez agora é o banco digital, Caixa Tem, que terá a oferta de suas ações, tanto do Brasil com na Bolsa de Valores de Nova York.
A Caixa Econômica Federal, um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, 100% estatal, está no olho do furacão da política neoliberal do governo de entrega das empresas estatais para os, sanguessugas, banqueiros e capitalistas, nacionais e internacionais.
Depois de realizar a primeira oferta pública (IPO, na sigla em inglês), na história de 160 anos de existência da Caixa Econômica Federal, do braço de seguros do banco, dando continuidade ao processo de privatização da Caixa, caminhando de mãos dadas à reestruturação pela qual passa a empresa, com medidas como a demissão em massa, através dos famigerados Planos de Demissão “Voluntária”, fechamento de centenas de dependências bancárias, entre agências e setores administrativos que, teve como uma das suas consequências o descomissionamento de milhares de trabalhadores acarretando o rebaixamento salarial desses funcionários, arrocho salarial, ataques ao plano de saúde da categoria, etc., agora, dando continuidade a ação criminosa da entrega do patrimônio nacional, o preposto do transloucado Ministro da Economia, Paulo Guedes, à frente da Caixa, Pedro Guimarães, em entrevista ao periódico dos capitalistas, InforMoney, anunciou que a próxima oferta de ações, depois da IPO da Caixa Seguridade, será o banco digital (Caixa Tem), que já conta com mais de 107 milhões de usuários, e que a oferta de ações “pode ser feita em um formato de dual listing, ou seja, em uma dupla listagem, com ações sendo negociadas, ao mesmo tempo, na Bolsa brasileira e em outras no exterior”. (site InfoMoney 09/04/2021)
O fatiamento da Caixa Econômica, feito pela direita golpista, é o mesmo processo que vem sendo realizado em diversas empresas estatais, como Petrobrás, Banco do Brasil, Correios, que estão, também, no olho do furacão da política de privatização do governo.
Pedro Guimarães é um especialista em privatizações e, não por um acaso que ele se encontra à frente da CEF. Foi assessor na venda do Banespa (Banco do Estado de São Paulo), na era FHC (PSDB), funcionário do Paulo Guedes na BTG Pactual e sócio do banco de investimento Brasil Plural, ou seja, um funcionário a serviço dos interesses dos grandes banqueiros nacionais e internacionais.
Em consequência dos ataques da direita golpista, os bancários da Caixa realizaram, no último dia 27 de abril, uma paralisação de 24h e continuam em estado de greve contra todas as medidas que visam privatizar o banco e, nesse sentido, é mais do que urgente preparar uma verdadeira mobilização, realizando plenárias, congressos da categoria, conjuntamente com os demais trabalhadores das empresas estatais, que estão na linha de frente desses mesmos ataques, com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária da direita golpista.
