A crise econômica do capitalismo, agravada pela crise da pandemia do coronavírus, fez com que fosse atingida a maior taxa da história de jovens que não estudam nem trabalham, um número muito significante que deixou de fora do mercado de trabalho uma parte significativa da população brasileira que está em idade ativa. Mais de um terço dos jovens brasileiros entre 20 a 29 anos não está trabalhando e nem estudando. Essa é a taxa mais alta registrada na história, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). E, para agravar, a dificuldade de acesso à internet tem sido mais um obstáculo para essa parcela da população, pois o Estado burguês não garante nada para a população, sequer a internet para os jovens.
Não há perspectivas de vida, pois a pobreza é gigantesca, resultado do golpe de 2016 -com sua continuação em 2018 – fome e miséria. “Já era difícil. Agora, por causa da pandemia, ficou mais difícil ainda. Às vezes não tem dinheiro para poder fazer um currículo. Aí quando faz, anda tudo entregando e ninguém chama”, explica Luiz Guilherme de Oliveira, que está desempregado.
Sobre a situação do jovem brasileiro, Pedro Henrique da Silva diz: “Não trabalha, não estuda, não tem como fazer um biscate para ganhar um dinheiro, não faz nada. Tudo parado. O coronavírus parou com a nossa vida.” É uma situação desesperadora, pois o regime golpista e a política neoliberal significam o abandono da juventude à sua própria sorte.
“Sem internet não tem como eu saber. Antes, eu tinha internet em casa, eu entrava nos sites para saber onde tinha vaga para poder ir atrás dos empregos. Agora fica muito mais difícil”, disse Igton Ladislau.
É possível afirmar que hoje a internet é determinante para a entrada dos jovens no mercado de trabalho, mostrando ainda mais o absurdo do que faz o governo de desobrigar de garantir as condições e equipamentos necessários para o ensino à distância e transfere o ônus para as famílias, mostrando que o EAD, na prática, foi sempre uma farsa.
Finalmente, somente com a derrubada dos governos golpistas de João Doria a Jair Bolsonaro e a luta por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo – com Lula Presidente, é que os jovens serão novamente tratados como gente neste país. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
