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Partido da Lava Jato

Moro deveria ter se filiado ao PSOL

No PSOL, Moro encontraria uma verdadeira legião de fãs

moro

Sem um candidato realmente competitivo para lançar como “terceira via”, a burguesia resolveu, nas últimas semanas, lançar a pré-candidatura de Sérgio Moro à presidência da República. Moro se filiou a um partido artificial — o Podemos —, um partido fisiológico, satélite do PSDB, que mudou de nome recentemente de nome e, na figura do seu principal cacique, Álvaro Dias, se apresenta como o partido da Lava Jato.

A relação entre o Podemos e a Lava Jato é mera propaganda eleitoral. Uma forma de tentar surfar em uma onda impulsionada, em alguma medida, pela burguesia e que mobiliza um setor da extrema-direita que não está sob o controle do bolsonarismo. No entanto, se Moro quisesse ser candidato para partido ideologicamente mais fiel e fã da Lava Jato, teria de ter ido para o PSOL.

A candidata presidencial do PSOL em 2014, Luciana Genro, foi uma das principais defensoras da Lava Jato. Ao ponto, por exemplo, de comemorar a prisão de dirigentes do PT e de dizer que Sérgio Moro estava fazendo “justiça” no Brasil. Luciana Genro está no PSOL até hoje e dirige um setor importante do partido.

Mas não foi só Luciana Genro. Todo o PSOL apoiou a Lava Jato e, em grande medida, apoia até hoje. Até a derrubada do governo de Dilma Rousseff, nenhum dirigente ou parlamentar do PSOL criticou duramente a Lava Jato. O PSOL, afinal, sequer participou da luta contra o golpe: de um lado, limitou-se a criticar “excessos” da Lava Jato — o que serve apenas para fortalecer a operação da Polícia Federal — e a criar a Frente Povo sem Medo — que serviu para dividir o movimento de luta contra o golpe.

Guilherme Boulos, hoje principal figura pública do PSOL, é um dos que nunca denunciaram o papel golpista da Lava Jato. Boulos não participou de nenhum dos dois atos contra a prisão de Lula, em Curitiba, quando foi depor ao então juiz Sérgio Moro, nem de nenhum dos quatro atos em Curitiba pela liberdade de Lula — maio de 2018, dezembro de 2018, setembro de 2019 e outubro de 2019.

Nesse mesmo período, o deputado federal Marcelo Freixo (hoje no PSB) declarou que “Lula livre não unifica” — de fato, não unifica com Moro — e colaborou com o carrasco de Lula na criação do pacote anticrime!

Por fim, merece ser lembrado Chico Alencar, outro cacique do PSOL que foi flagrado, literalmente, beijando a mão de Aécio Neves. Na ocasião, ele declarou que o PSDB não seria “corrupto”. Chico Alencar e os demais figurões do PSOL apoiaram as “dez medidas contra a corrupção”, formando uma frente com Deltan Dallagnol, e, até hoje, defende o fim do foro privilegiado.

O PSOL é um partido unificado em torno da “luta contra a corrupção”. Moro seria recebido de braços abertos.

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