Desde sexta-feira (19) realiza-se o congresso do MBL (Movimento Brasil Livre), no qual estiveram presentes os presidenciáveis da direita defensores da chamada “terceira via”, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSD-RS), ambos em disputa nas prévias do PSDB que se realizam hoje, além também do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luiz Felipe d’Ávila (NOVO). Só faltou o “Mussolini de Maringá”, o ex-juiz fascista, Sergio Moro, pré-candidato pelo Podemos nas próximas eleições.
O congresso foi, segundo a própria imprensa, uma ode à “terceira via”. É preciso acrescentar: uma ode ao fascismo.
No congresso o MBL desistiu, pelo menos por agora, de se lançar como partido. As falas foram todas no sentido de tentar promover a “terceira via”. O movimento certamente terá um papel central na campanha contra o PT, que é o verdadeiro inimigo da burguesia golpista. Quanto à Bolsonaro, a “terceira via” vai atacá-lo apenas se conseguir neutralizar os petistas; caso o contrário vai partir para sua defesa. Não há dúvida quanto a isso.
O MBL é um movimento inflado pela imprensa burguesa e principalmente pelo imperialismo norte-americano. Seu nascimento se deu durante a campanha pelo golpe contra a presidenta Dilma, em 2014. Sua fachada é composta por um grupo relativamente jovem, e, portanto, mais disposto, que a imprensa apresentou como idealistas na luta contra a corrupção. Mas os paladinos da pureza moral fizeram campanha e acordos com Eduardo Cunha, Aécio, FIESP. Foram durante o golpe, e ainda são hoje, a verdadeira tropa de choque fascista da burguesia.
Com figuras como Mamãe Falei, que aparecia nos atos da esquerda para causar confusão, sempre protegido por integrantes de grupos nazistas, como Os Carecas do ABC; ou Fernando Holiday, que invadiu um ato da esquerda para rasgar cartazes com a imagem de Che Guevara e cuspiu em professores, o MBL ficou conhecido por ser histérico e violento contra a esquerda pequeno burguesa, que nunca enfrenta a ação dos fascistas.
Foram responsáveis por encabeçar a campanha pela escola com fascismo, um projeto de lei responsável por monitorar e censurar professores de esquerda e de ser a ponta da lança na campanha à presidência da Jair Bolsonaro.
O MBL tem vários deputados eleitos por partidos da direita: PSDB, DEM, PSC, PSL etc. Está totalmente integrado ao centrão. É o pelotão fascista da burguesia. Por hora, como compõe o regime golpista, guardou as garras, e fingiu ser oposição ao bolsonarismo que eles mesmo elegeram, mas assim que for oportuno vão se aliar novamente para impedir que a esquerda vença as eleições de 2022.
Com apoio de setores da esquerda pequeno burguesa que defende a frente ampla com a direita golpista, essa tropa fascista procurou – sem sucesso – se infiltrar no Movimento Fora Bolsonaro, para atuar no seu interior, como uma quinta coluna, a serviço dos setores da burguesia golpista a quem serve.
