A Folha de São Paulo, um dos principais organizadores do golpe contra a presidenta Dilma em 2016,
divulgou recentemente uma pesquisa acerca da desigualdade no Brasil. O resultado é que a queda da
disparidade da distribuição de recursos caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015, exatamente os anos
em que governou o PT. O Partido da Imprensa Golpista, PIG, teve mais uma vez a capacidade de omitir
quase que por completo (editaram o artigo posteriormente) a participação de Lula e Dilma nesta
importantíssima conquista dos trabalhadores brasileiros. É uma continuidade da campanha contra o ex
presidente Lula, a Folha não dará nenhuma munição para o seu maior inimigo.
O estudo realizado pelo Insper revelou que 71% dos brasileiros, que estão na a base da pirâmide
econômica, tiveram um aumento anual de sua renda acima da média. Isso configurou uma mudança no
índice de desigualdade Gini de 0,583 para 0,547 e uma saída de 16 milhões de pessoas da pobreza.
Imediatamente após o golpe de 2016 esse quadro passou a mudar, a linha descendente de desigualdade
começou a subir cada vez mais, um número que expressa muito bem o que foi o governo Temer e o que é
o governo Bolsonaro, ambos apoiados pela própria Folha de SP.
Um artigo do Jornal 247 destacou: “Em resposta aos diversos questionamentos recebidos via ombudsman,
a editoria de Mercado ponderou que alterou o texto, mas que não é possível estabelecer um nexo causal
entre os mandatos e os dados, uma vez que a pesquisa não investigou as causas da queda, apenas
observou a redução dentro de uma série histórica’” Ou seja, mesmo questionada sobre o absurdo de não
citar o principal fator para a redução da desigualdade, que foi o governo de esquerda do PT, a Folha se
nega afirmar o óbvio, vale tudo para manter o regime do golpe de pé.
Anteriormente este ano o mesmo jornal do PIG publicou um artigo semelhante acerca do acesso dos
negros às universidades públicas, “Década colocou os negros da faculdade, e não (só) para fazer faxina”.
Da mesma forma foi ignorada tanto a política que foi implementada permitindo o aumento do acesso dos
negros ao ensino superior quanto quem esta por trás dessa política, novamente os governos do PT. Na
realidade os ataques realizados pela folha ao Partido dos Trabalhadores, e principalmente ao ex presidente
Lula são constantes.
O que mais vale destacar é que a Folha de São Paulo é um dos principais órgãos da frente ampla, ela é o
órgão da imprensa burguesa que mais se projeta como democrático, e até mesmo “esquerdista”, ela está
ligada por exemplo a operativa dos atos fora Bolsonaro, que desmarcou a mobilização do dia 15 de
novembro. Ela também tem os colunistas da esquerda golpista como Guilherme Boulos que escreveu para
a Folha durante o golpe contra a Dilma, a atacando constantemente, e recentemente recebeu novamente
sua coluna, agora que Lula será o possível candidato do PT.
A Folha de São Paulo na realidade é uma das principais ferramentas da burguesia contra os trabalhadores,
ela opera na prática como um jornal do PSDB contra Lula e a favor da manutenção do regime iniciado a
partir de 2016. Ela também é um dos monopólios da imprensa burguesa, que controlam quase a totalidade
dos meios de comunicação no Brasil e que portanto tem um enorme poder político. É preciso denunciar
esse órgão da imprensa pelo que ele realmente é, uma ferramenta da burguesia para emplacar a frente
ampla e impedir Lula, o candidato dos trabalhadores de voltar ao governo em 2022.