Quando do início do movimento de rua que irá para seu quarto grande ato no dia 24 de julho, o PCO decidiu organizar uma intervenção mais contundente para aglutinar os setores mais combativos da população que buscam derrubar o governo Bolsonaro.
Apelidou-se esse grupo de Bloco Vermelho, em contraposição à política que a direita e a burguesia tentam impor aos atos, do uso do verde e amarelo, as cores do bolsonarismo.
O Bloco Vermelho, então, ganhou corpo com a inclusão da Bateria Zumbi dos Palmares, que agrupava pessoas em torno da animação revolucionária necessária nos atos de rua. A bateria puxa palavras de ordem e conduz a marcha desse setor nos atos.
O Bloco Vermelho é o setor mais combativo dos atos
O mais importante, no entanto, é o próprio caráter aglutinador do Bloco. É um bloco no qual todos que se veem como radicais, combativos, revolucionários, que vestem o vermelho com orgulho, que querem uma aliança entre os oprimidos e não com a direita, se enxergam e podem participar.
Esse é o principal caráter do Bloco Vermelho: um bloco dos trabalhadores, da juventude, dos militantes e ativistas de esquerda, contra a direita, contra a frente ampla.
O Bloco Vermelho é o agrupamento da vanguarda consciente do movimento, o polo da esquerda revolucionária, da esquerda que não admite infiltração do PSDB, do MBL ou de qualquer outro grupo de direita para sabotar e destruir a mobilização.
Se a burguesia tenta enfiar goela abaixo dos manifestantes a política da frente ampla infiltrando a direita nos atos, o povo que está nas ruas deve combater essa tentativa de destruir a mobilização pelo Fora Bolsonaro.
O Bloco Vermelho é o bloco operário, bloco que dá também as boas-vindas aos camponeses sem terra, aos trabalhadores sem teto, aos estudantes, às mulheres, aos negros. Bloco dos oprimidos e dos que lutam contra essa opressão.
Um bloco da base trabalhadora, que contrapõem a política das direções burocráticas e colaboracionistas à política revolucionária das massas. Um bloco essencialmente militante.