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A fábrica de mentiras

Documentos mostram: imprensa é fantoche da CIA e do MI6

Uma clara demonstração de que o objetivo da imprensa capitalista não é transmitir a notícia, mas agir contra os inimigos políticos de acordo com os interesses dos monopólios

A imprensa cumpre um papel de grande importância para a humanidade. Ao estabelecer um vínculo entre o indivíduo ao Estado e ao Mundo, os veículos de comunicação congregam em um vasto acervo o desenvolvimento do mundo real e intelectual. Esse papel, no entanto, varia de acordo com  a relação entre a imprensa e os interesses das classes sociais em conflito, uma vez que ao tornar-se uma poderosa ferramenta de difusão e investigação, permite aos que a controlam e financiam, o controle absoluto da informação.

A gigante multinacional Thomson Reuters, uma das renomadas instituições que opera no mundo das notícias em todo o mundo, recentemente consagrou-se como um dos exemplos do controle do imperialismo sobre os grandes monopólios. Em arquivos vazados pelo grupo de hackers Anonymous, é evidente o papel da Thompson Reuters Foundation (TRF), suposto braço de caridade da grande multinacional, na ajuda ao governo do Reino Unido em avançar com sua política imperialista no mundo. Embora a TRF tenha dito que opera de forma totalmente independente da Reuters News e atue como uma entidade legal separada da Thomson Reuters e da Reuters, os documentos dão mostras inequívocas da atuação da instituição.

Em uma série de arquivos secretos do UK Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO) recentemente vazados estão documentos que indicam que a Thomson Reuters Foundation (TRF), o braço “caridoso” do conglomerado de notícias Thomson Reuters, envolveu-se de corpo e alma na guerra de informação em nome de Whitehall (centro administrativo do Reino Unido).

Segundo os vazamentos, todos os esforços se deram num amplo esforço para demonizar, desestabilizar e isolar a Rússia, tanto internamente quanto externamente. Sob a direção de governo britânico, o TRF secretamente fomentou jornalistas russos, estabeleceu redes de influência dentro e fora da Rússia e promoveu propaganda a favor do Reino Unido e contra a Rússia nas regiões de língua russa. Todas essas atividades seguiam o ritmo dado pelo governo britânico de forma subterrânea até serem amplamente divulgadas pelo jornalista Max Blumenthal. Quanto ao envolvimento da multinacional com seu braço beneficente, os arquivos divulgados indicam que as licitações do TRF para os projetos submetidos ao FCDO foram assinadas pela CEO Monique Villa, ex-diretora-gerente da Reuters Media e agora conselheira do CEO da Thomson Reuters, o que, claramente, indica que a própria empresa está diretamente envolvida nas operações secretas de seus ramificação sem fins lucrativos em todas as esferas de atuação.

Um exemplo citado nos arquivos expostos é a criação do Aswat Masriya, um meio de comunicação “independente”, pelo TRF no rastro da revolução egípcia de 2011. Ademais, as contribuições da Fundação não deixam dúvidas quanto ao papel insidioso que a multinacional desempenhou na promoção dos objetivos geopolíticos, financeiros e ideológicos de Londres em outras partes do mundo. Documentos revelam que a operação secreta financiada pela FCDO no valor de £ 2 milhões foi administrada pelos escritórios da agência de notícias Cairo, que, cumprindo o papel de base de apoio para a ingerência inglesa, “forneciam folha de pagamento, recursos humanos e suporte de segurança”.

“[Aswat Masriya] se tornou a principal organização de mídia local independente do Egito até o seu fechamento … Seu conteúdo foi oferecido para distribuição gratuita em toda a região”, consta no documento. A operação, podemos concluir, rendeu frutos; e “em 2016, [ele] se tornou um dos 500 sites mais visitados no Egito”. O responsável pela criação da plataforma foi Will Church, Chefe de Projetos de Jornalismo’ da Fundação Reuter, cujo papel proeminente nas diversas operações secretas da organização financiadas pela FCDO dentro da Rússia, alvo de ataque do Reino Unido. Segundo um perfil existente no projeto imperialista comandado pelo governo britânico, 300 egípcios foram treinados, servindo como um exército de jornalistas e gerando mais de 300 matérias por semana. Essas matérias, por sua vez, eram devidamente coletadas por mais de 50 veículos de mídia em todo o mundo semanalmente, aumentando o alcance das notícias fabricadas pelo conglomerado Reuters.

Como justificativa para dar início ao empreendimento, o Reino Unido destacou que tamanha turbulência não poderia ser mais clara e que a destituição do antigo líder egípcio Hosni Mubarak em 2011 se dava através de uma difícil transição do país para a “democracia”, o que representou uma grande oportunidade e desafio para Londres. Sabe-se, porém, que caso ocorresse a eleição do candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi, os interesses econômicos de Londres no Cairo e na região seriam ameaçados. À época, durante a votação, o ex-chefe do Exército, que liderou o golpe que derrubou Morsi um ano antes, recebeu 96,91%, um tanto quanto impressionante; ao menos parcialmente explicável devido ao fato dele concorrer virtualmente sem contestação depois que a maioria dos outros candidatos foram presos ou desistiram do pleito. Não por acaso, observadores estrangeiros alegaram que o processo ficou muito aquém dos padrões democráticos. Vale destacar que um ano antes do processo eleitoral, as forças de segurança egípcias, sob o comando de Sisi, promoveram uma devastação brutal durante um protesto na Praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo, massacrando pelo menos 817 pessoas. A Human Rights Watch, por sua vez, apelidou de “talvez a maior matança em massa de manifestantes em um único dia na história moderna.”.

Embora a a imprensa impeirlaista tente desmoralizar a imprensa russa, chinesa, venezuelana etc., pode-se notar que a imprensa desses países é uma coisa muito menos desonesta. Todo mundo sabe que são financiadas pelo estado, porém a imprensa privada, serve diretamente aos interesses dos capitalistas, e no caso dos grandes conglomerados como da Thomson Reuters, atuam sob o comando das agências de inteligência de forma subterrânea. Essa, portanto, é uma política de espionagem política, ou seja, repressão. O objetivo, aqui, não é transmitir a notícia, mas agir contra inimigos políticos de acordo com os interesses dos monopólios e dos Estados imperialistas contra a população.

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