Um acontecimento recente tem tido destaque na imprensa. No dia 9 de Setembro, foi executado em São José dos Campos um rapaz que estava em um carro em fuga da polícia. O jovem em questão era o carona, Vinicius David de Souza Castro Gomes, que estava em fuga juntamente com outros quatro jovens, que também estavam envolvidos.
Apesar do caráter comum do acontecimento, o fator que destacou o caso do restante foi que toda a cena foi gravada pelas câmeras dos coletes dos policiais, algo que revelou a covardia dos agentes com o jovem, que apesar de pego em flagrante, estava nitidamente rendido e saindo do carro com as mãos na cabeça quando foi executado.
O vídeo capturado pelas câmeras é bem claro em mostrar a atitude dos PMs, que nitidamente procuram tapar as lentes das câmeras e mudar a cena do crime ao colocar uma pistola sobre o jovem executado para dar a entender que este havia reagido aos policiais. Um policial ao fim do vídeo ainda afirma que se soubesse que um dos jovens que sobreviveu estava com um colete à prova de balas, teria procurado atirar na sua cabeça ao invés do tronco, mostrando que o objetivo inicial era executar as vítimas e que o que aconteceu não foi um “erro de protocolo” ou que o PM não agiu da maneira que queria.
Não precisamos explicar o óbvio, que é inaceitável que o estado execute um indivíduo, mesmo que este seja um criminoso, ainda mais quando isso não está na lei, apesar de que não seria correto, mesmo que estivesse. A situação se torna ainda mais inaceitável quando observamos que o sujeito em questão estava rendido e não apresentava uma ameaça em nenhum sentido, seja ao policial ou às pessoas em volta. O sujeito nem mesmo dava sinais de que iria fugir, algo que mesmo que ele fizesse, não justificaria sua execução. Essas ações injustificáveis e a política de extermínio da polícia que tornam o Brasil o país com a polícia mais carniceira de todo o mundo.
É importante salientar que esse comportamento da polícia não só não é corrigível, como é o protocolo padrão de ação da corporação, que é uma força de repressão fascista contra o povo trabalhador. Sendo assim, pedir reformas na PM não só é mais que uma fantasia, visto que a agressão ao povo não é uma falha no procedimento da organização, mas sim o cumprimento do seu papel social.
A única solução para o problema do caráter corrupto e antipovo da polícia é a dissolução da organização existente e a formação de uma milícia popular eleita bairro a bairro, composta pelos moradores e que responda a estes e cujos integrantes possam ser destituídos por esses a qualquer momento.
Essa cobrança do estado pelo povo só se faz possível com o armamento da população e o seu treinamento, para que esta possa se defender dos perigos diários da nossa sociedade, mas mais importante que isso, para que ela possa se proteger do estado e cobrá-lo por suas ações.
A situação do povo brasileiro hoje permite ao estado transgredir as liberdades e direitos dos indivíduos, que não tem como reagir, pois estão desarmados e indefesos, medida infelizmente apoiada pela esquerda.