No dia 21 de março de 2024, três policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Eles são acusados de forjar um tiroteio para justificar o assassinato de um morador de rua, Jefferson Junio Ramos Diogo. A denúncia, apesar de ter sido feita no final do mês passado, só veio à tona no dia 23 de abril por meio de artigo publicado no UOL.
Dos três policiais denunciados, um deles, Samuel Wesley Cosmo, já está morto. Os outros dois, o segundo-sargento Rafael Perestrelo Trogillo e o cabo Rubem Pinto Santos, foram tornados réus e afastados de suas funções a pedido do MP.
Segundo a denúncia, os agentes da corporação teriam assassinado o mendigo e, então, colocado uma pistola junto a seu corpo. Ademais, teriam obstruído propositalmente as câmeras corporais que estavam utilizando durante a ocorrência em questão.
“Mesmo com câmeras operacionais, não hesitaram em simular a apreensão de uma pistola ao lado do corpo da vítima que, em verdade, estava desarmada”, diz a denúncia do Ministério Público.
Em nota enviada ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que “todas as circunstâncias dos fatos foram apuradas por meio de Inquérito Policial Militar e o procedimento foi remetido à Justiça Comum em outubro de 2023“.