A Operação Verão, que deixou pelo menos 56 vítimas fatais causadas pela Polícia Militar, foi marcada por uma quantidade impressionante de ilegalidades, incluindo torturas e execuções sumárias. Recentemente, mais um crime cometido pela PM de Tarcísio de Freitas (Republicanos) veio à tona.
Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) mostrou que a versão de um policial militar sobre a morte do atendente de farmácia Luan dos Santos, de 32 anos, em 16 de fevereiro, era mentirosa.
Luan seguia de moto na companhia de amigos para o litoral, quando foi baleado por um policial na rodovia Anchieta, já na cidade de Santos. No entanto, o homicídio de Luan não entrou para as estatísticas da ação, pois, segundo a polícia, o agente teria atirado de uma única vez e de forma acidental.
O médico-legista Riscalla Brunetti Cassis, por sua vez, afirmou em seu laudo que o “examinado foi atingido por dois projéteis disparados por arma de fogo”. Luan foi, portanto, mais uma vítima da operação.