O partido que mais denunciou a fraude eleitoral que agora se confirma, tornou-se – é claro – um dos principais alvos da investida da direita e das suas manipulações.
O final da campanha das eleições mais fraudulentas da história do País, confirmaram toda a análise e os prognósticos fundamentais feitos por este Diário, mesmo antes do início do processo eleitoral.
Como dissemos em Editorial publicado aqui na véspera do pleito, “não houve campanha eleitoral, mas uma imensa operação de manipulação da imprensa golpista e dos grandes aparatos políticos, principalmente, em favor dos candidatos da direita golpista e, em menor grau, em proveito dos setores da esquerda identificados com a política de frente ampla, de apoio à política reacionária dessa mesma direita, que deve – inicialmente – sair fortalecida dessas eleições“.
Os setores mais poderoros do regime golpista, dos partidos tradicionais da direita, o Partido da Imprensa Golpista (PIG), o judiciário golpista etc., conduziram processo eleitoral tirando proveito do gigantesco genocídio que impulsionou com a pandemia, na qual os governos da direita (e não apenas o de Bolsonaro) já levaram à morte quase 170 mil brasileiros. Impuseram uma eleição a toque de caixa, praticamente sem campanha, sem debates etc. para garantir o resultado que agora é divulgado.
Essa operação foi realizada com o prestimoso apoio de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, que – mais uma vez – agiram para dar legitimidade a um processo totalmente viciado, um autêntico jogo de cartas marcadas.
Arrancaram assim um “vitória” parcial, totalmente artificial, armada para produzir tais resultados. Obtida por conta da paralisia e da defensiva que a política de colaboração de classe das direções da esquerda e do movimento operário impôs aos trabalhadores e demais setores explorado e suas organizações de luta que se colocaram em “quarentena” física e “espiritualmente”, só se retirando dela quando se tratou de defender seus mesquinhos interesses nas eleições viciada que acabamos de vivenciar.
O PCO, contra os ataques da direita e a política reacionária e capituladora da maioria da esquerda, duramente atacado pela direita e pela esquerda frente amplista, fez uma campanha politicamente vitoriosa, erguendo em todo o País, uma verdadeira tribuna de luta pelas reivindicações populares diante da crise, opostas e irreconciliáveis, com os interesses da burguesia; denunciou o processo fraudulento e colocou como eixos centrais – para superar a defensiva geral da esquerda e das direções do movimento operário – a defesa da unidade em torno da luta pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, pela restituição dos direitos políticos de Lula e por sua candidatura presidencial, única capaz de unificar as organizações de luta dos explorados e tirar a esquerda da divisão e defensiva atuais.
Desta forma, manteve o crescimento de seu trabalho político, de sua militância de sua influência política entre parcelas importantes dos trabalhadores e da juventude.
Esta política vai além das eleições, representa uma perspectiva política real para os explorados diante da crise histórica do capitalismo, para o que é preciso – mais do que nunca – fortalecer o desenvolvimento em curso do PCO, principal embrião do partido operário, revolucionário e de massas, no Brasil.
Nos próximos dias apresentaremos um balanço detalhado da nossa intervenção que também será alvo de debates e dleiberações na Conferência Nacional que o Partido vai realizar já no próximo fim de semana, com delegados de todo o País, para analisar os resultados das eleições e as perspectivas da luta par o próximo período.