Execuções e estupros

Moreno afogou em sangue levante de 2019 no Equador, diz relatório

Informe da Comissão da Verdade do Equador aponta graves violações dos direitos humanos pelas forças do Estado na repressão aos protestos de 2019

Um informe da Comissão para a Verdade e Justiça no Equador, a qual imprensa teve acesso, aponta algumas considerações sobre os protestos que ocorreram em outubro de 2019. O Estado equatoriano é responsabilizado por graves violação dos direitos humanos.

Os protestos foram liderados pela Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaje) e tiveram início quando o governo Lenin Moreno anunciou medidas de cancelamento dos subsídios aos combustíveis e uma série de medidas neoliberais. Conforme observações feitas no relatório, o Estado equatoriano “violentou gravemente os direitos à vida, integridade física e psicológica, liberdade individual e direito à liberdade de expressão.”

O governo Moreno elaborou um discurso oficial e atuou conscientemente para justificar a violenta repressão política que se abateu sobre as massas nas ruas. O informe aponta que “os eventos de outubro de 2019 não podem ser vistos como abusos ou excessos isolados por parte das forças policiais, uma vez que vulnerabilizaram os direitos à vida e integridade pessoal”. Constatou-se um padrão de atuação das forças policiais, no sentido de atacar com selvageria os manifestantes, intimidar, humilhar e causar danos físicos à população civil. Até mesmo a violência sexual foi um recurso da polícia contra a população.

Durante o processo de investigação, a Comissão da Verdade recebeu 519 testemunhos, das quais 249 revelaram violações graves de direitos. Destes, 188 são membros da Polícia Nacional e 34 das Forças Armadas. Cerca de 26 funcionários públicos, entre eles a Procuradoria-Geral, não atuaram de acordo com suas competências. Os grandes protestos populares colocaram o governo Moreno e sua política neoliberal contra a parede. Este foi obrigado a transferir a sede do país de Quito para Guaiaquil. Uma violenta repressão política foi desencadeada pelas forças governamentais, que chegaram ao ponto de ordenar uma intervenção das forças armadas. O país sul-americano vivenciou um verdadeiro banho de sangue e imposição do terrorismo de Estado contra a população insurreta.

O povo equatoriano permanece em estado de revolta contra o governo golpista de Moreno. A sanguinária repressão desmobilizou momentaneamente a população. Contudo, esta última contou com a colaboração das direções do movimento indígena, que se limitaram a medidas parciais e não avançaram para a derrubada do governo, principal reivindicação popular que se verificava nas ruas.

Na sua mobilização radicalizada, as massas se defrontaram com a direção covarde e capituladora da esquerda equatoriana. De um modo geral, as direções da esquerda atuaram para conter o movimento e mantê-lo restrito a reivindicações parciais, sem colocar em pauta a luta contra o regime político em seu conjunto.

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