Nesta sexta-feira, dia 13 de novembro, foi divulgado o novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no país, a contabilização mostra que a média móvel de casos voltou a subir. Os casos se aproximam dos seis milhões e os óbitos ultrapassam os 165 mil, de acordo com os números contabilizados no balanço do consórcio de veículos de imprensa.
Nas últimas 24 horas, o país registrou cerca de 523 mortes pelo novo coronavírus, com isso, a média móvel de óbitos no Brasil nos últimos sete dias foi de 403. A variação foi de -5% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de estabilidade nas mortes por COVID. Após doze dias seguidos em queda, o país volta ao índice estável, quando não há baixa ou aumento significativo nas mortes por Covid, como informado pelo G1.
Desde o começo da pandemia, 5.811.699 de brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, sendo esses dados referentes apenas aos casos confirmados, 29.052 destes foram confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 25.599 novos diagnósticos por dia, uma variação de +17% em relação aos casos registrados em duas semanas. Ou seja, indica tendência de alta em relação aos últimos 14 dias. Esse índice não apresentava tendência de alta desde o dia 30 de outubro.
O índice atual é de 596 internações por dia, entre casos suspeitos e confirmados nos sistemas público e privado. Médicos de 14 hospitais privados da capital também apontam crescimento no número de internações por COVID-19 neste segmento, e alertam que a tendência pode se alastrar para a rede pública. Também foi reportado pelo G1 que, na sexta-feira, o Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, afirmou que o número de internações subiu nos últimos dias.
Os números são assustadores e, mesmo assim, são falsos. A realidade enfrentada pelos brasileiros é muito pior do que a apresentada pelo levantamento. A tentativa do governo federal e dos governadores de abafar a seriedade da pandemia não consegue mais entregar à população números “amigáveis” enquanto mantém sua política genocida que continuará matando os trabalhadores e, com o retorno às aulas nas escolas e universidades desejado pela burguesia, também matará os filhos destes trabalhadores.
Enquanto a direita defende que é possível a reabertura pelos “bons números” e “controle” da pandemia do novo coronavírus onde, inclusive, a esquerda resolve apoiar essa decisão de maneira criminosa, os números de casos e, infelizmente, de óbitos continuará a subir incessantemente entre a população pobre e enfraquecerá ainda mais o sistema público de saúde quando nem mesmo o sistema privado consegue dar conta da situação desesperadora.
Nessas eleições ficou claro a demagogia dos candidatos da esquerda e da direita em relação ao tema. Nenhum apresentou uma proposta que realmente contribuiu para combater o coronavirus: derrubar o governo Bolsonaro que nega a pandemia e suas consequências para os trabalhadores.