No domingo (28), a autoridade de comunicações de Burquina Fasso anunciou que suspendeu temporariamente vários portais de imprensa africanos e imperialistas por repercutirem um relatório da Human Rights Watch (HRW) que alegava o envolvimento do exército em assassinatos extrajudiciais.
O comunicado do governo afirma: “a campanha midiática orquestrada em torno dessas acusações mostra claramente a intenção não declarada… de desacreditar nossas forças de combate”. OU seja, uma campanha contra o governo dos militares nacionalistas liderado pelo capitão Ibrahim Traoré.
Dentre os órgãos suspensos estão: Le Monde, The Guardian, Deutsche Welle, TV5 Monde, Ouest-France, APAnews e Agence Ecofin.
Além disso, o governo do país rejeitou as alegações da HRW, afirmando que elas não tem base. O governo iniciou uma investigação legal sobre os incidentes alegados.
O Ministro das Comunicações, Rimtalba Jean Emmanuel Ouedraogo, afirmiu que “enquanto esta investigação está em andamento para estabelecer os fatos e identificar os autores, a HRW foi capaz, com imaginação ilimitada, de identificar ‘os culpados’ e pronunciar seu veredicto”.
É conhecido o uso da HRW pelo imperialismo para realizar campanha contra seus inimigos. O caso de Burquina Fasso parece mais um desses.