O governo Bolsonaro, aproveitando-se da pandemia, e por causa da forte retração econômica em decorrência da pandemia, sem dinheiro, Paulo Guedes quer desfazer-se da empresa Pré-Sal Petróleo criada no governo do PT em 2010, a gigante Empresa de Correios e Telégrafo, o Porto de Santos e a Eletrobrás. Pretende ainda o ministro da fazenda, abrir o capital social da Caixa Seguridade da Caixa Econômica Federal.
Desfazer-se de importantes estatais era para ficar para o próximo ano. No entanto, dada a penúria financeira, Paulo Guedes e Bolsonaro resolveram que as privatizações devam ser feita ainda em 2020. Paulo Guedes, o novo presidente do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), coordenou a reunião última, quando a decisão de antecipar as privatizações foi decidida. Não será fácil.
Importantes privatizações, somente serão possíveis após aprovação pelo congresso nacional, para o governo ter autorização, para o desfazimento de estatais, como os correios e a Eletrobrás.
Os correios estão presentes em todas as cidades do Brasil, inclusive nos mais longínquos rincões. Privatizados os correios, centenas de cidades, perderão esse importante serviços, já que empresa privatizada, terá como objetivo o lucro. E as cidades mais pobres ver-se-ão privadas desse importante serviço.
Eletrobras é empresa que levou energia elétrica aos mais longínquos municípios. Para as regiões mais pobres, população carece de energia elétrica e com conta subsidiada, o que certamente o subsídio, empresa que a Eletrobrás arrematar, não vai querer suportar.
No jornal Carta Capital, 11/11/2019, o ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu, criticou “A escolha do modelo (de venda)”. Serão vendidos ativos da Eletrobras de cerca de 400 bilhões pelo preço irrisório de 12 bilhões de investimento em ações. “É algo como alguém vender a garagem do prédio e a pessoa ficar dona do seu apartamento”, exemplifica. “O Brasil, referência na construção de usinas, até para os chineses, que se inspiraram na construção de Itaipu”, doravante tudo isto perderá. Privatizar a Eletrobras será a “a perda da soberania nacional.” nesse importante setor, denuncia. “Haverá (ainda) um acréscimo brutal de preço nas contas de energia elétrica, para as populações pobres”. Privatizar a Eletrobras significa também vender os rios brasileiros. Rios todos serão monopolizados para a produção de energia elétrica, o que colocará as populações ribeirinhas que dependem da pesca, para um segundo plano.
Quanto à estatal Pré-Sal, empresa responsável pela comercialização do petróleo e gás extraído do pré-sal, governo se desfaz sem a menor cerimônia. Governo gostaria mesmo, é de desfazer-se do pré-sal por inteiro, acabar com a exploração do petróleo pela modalidade de partilha. E tudo entregar para os monopólios internacionais do petróleo.
O estratégico e mais importante porto do Brasil, o de Santos, também será repassado à iniciativa privada. O estratégico e maior porto do Brasil, o de Santos, à toque de caixa Bolsonaro também quer desfazer-se. É pelo Porto de Santos por onde a maior parte do comércio exterior do país é feito.
Finalmente, a rentável carteira da Caixa Seguridade, também será aberta aos acionistas privados.
É cinismo de Guedes dizer que as privatizações são necessárias para aumentar investimentos. O investimento já foi feito, e é investimento público. O investimento privado, é a compra das empresas brasileiras, nesse crime entreguista de Guedes e Bolsonaro para repassar as estratégicas empresas nacionais aos capitalistas estrangeiros. Trata-se de desnacionalização de um bem público brasileiro. Trata-se de perda de parte da soberania brasileira.
Dependesse dos capitais privados, Eletrobras sequer existiria. Até hoje o Brasil seria iluminado por luzes de candieiro. Empresa de consultoria americana nos anos 50, produziu relatório categoricamente afirmando que no Brasil petróleo algum teria, na tentativa de abafar a campanha “O petróleo é nosso”, e a sabotagem na criação da Petrobrás.
São empresas de setores estratégicos da economia brasileira, criadas com o suor e as economias dos trabalhadores, e, agora entregá-las ao capital internacional é uma traição ao povo do Brasil. Entreguismo sem precedentes. Um criminoso roubo do patrimônio dos trabalhadores. Golpistas se aproveitam da situação de pandemia para esse monumental entreguismo executar. Por esse motivo também, Fora Bolsonaro e todos os golpistas.