Insegurança alimentar é a falta de disponibilidade e o acesso das pessoas aos alimentos. Uma casa é considerada como tendo Insegurança alimentar quando pessoas estão desnutridas como resultado da falta física de alimentos, sua falta de acesso econômico ou social para alimentação adequada.
Em uma palavra mais direta e conhecida trata-se da FOME!
Muito mais do que um conceito técnico, que temos na realidade que se impões ao país depois do golpe Estado de 2016, é o avanço de um dos piores flagelos que podem atingir a humanidade, a fome em seus mais distintos níveis.
Segundo pesquisa do IBGE, ou seja, um órgão do próprio governo, entre 2017-2018, a “insegurança alimentar” (IA) afetou os lares de 10,3 milhões de brasileiros que, em alguns momentos entre os dois anos após o golpe de estado de 2016, viveram com fome ou medo de inanição. Dos 68,9 milhões de domicílios do país, 36,7% estavam com algum nível de insegurança alimentar, atingindo, ao todo, 84,9 milhões de brasileiros em todo país.
De acordo com o IBGE, a insegurança vinha diminuindo ao longo dos anos, desde 2004, quando aparecia em 34,9% dos lares, 30,2% na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) 2009 e 22,6% na PNAD 2013.
De acordo com a pesquisa, dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 25,3 milhões (36,7%) estavam com algum grau de insegurança alimentar no período 2017-2018. Deste total, 16,4 milhões (24%) com insegurança leve; 5,6 milhões (8,1%) moderada; e 3,1 milhões (4,6%) grave.
Na população residente, estimada em 207,1 milhões de habitantes, 122,2 milhões eram moradores em domicílios com segurança alimentar, enquanto 84,9 milhões habitavam aqueles com alguma insegurança alimentar – 56 milhões em domicílios com insegurança leve, 18,6 milhões moderada e 10,3 milhões grave.
Por certo, essa realidade se agravou de forma brutal nos dois últimos anos e, principalmente, nos últimos meses com o avanço da crise econômica impulsionada pela pandemia, diante da qual não há nenhum plano real do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro para minorar o sofrimento do povo.
Em meio à pandemia, a miséria total e a fome alcançaram parcelas ainda maiores da população, com o desemprego atingindo – pela primeira vez em nossa história – mais da metade da força de trabalho do País, cerca de 50 milhões de brasileiros. Em meio à essa catástrofe, com o País se aproximando dos 150 mil mortos, os governos da direita (todos eles e não apenas Bolsonaro) que nada fizeram para enfrentar a crise, ainda impuseram – em uma ampla frente no Congresso Nacional – o congelamento e a redução dos salários, a permissão e até o estímulo às demissões.
Para piorar, e muito, as coisas, temos um expressivo aumento do custo de vida, principalmente da população mais pobre, que mal ganha para comer. Os produtos da cesta básica tiveram alta de mais de 20% e alguns produtos essenciais para a maioria do povo, como arroz e feijão, chegaram a subir mais de 200%, como resultado da política econômica do governo de beneficiar os exportadores.
Hoje, uma pesquisa facilmente comprovaria que mais da metade do povo brasileiro está sofrendo com “insuficiência alimentar”, ou seja, passa fome. Essa é a grande conquista do regime golpista: fazer do nosso País, com enorme riquezas e potencial, um país de famélicos.