Segundo os rumores da própria imprensa burguesa, o governo Bolsonaro estaria prestes a indicar Edward Luz para o segundo cargo mais importante da Funai – Fundação Nacional do Índio. Embora a Funai tenha sido criada para desenvolver políticas de assistência aos povos indígenas, desde o governo Temer, o órgão vem sendo transformado em um instrumento dos latifundiários para massacrar os índios.
A provável indicação de Edward Luz para o alto escalão da Funai é mais um dos ataques da direita aos direitos democráticos dos índios. Afinal, Luz é conhecido como o “antropólogo dos ruralistas” e é um inimigo declarado do movimento indígena brasileiro.
Edward Luz foi desligado da Associação Brasileira de Antropólogos em 2013 por “postura não compatível com a ética profissional”. Segundo a própria organização, Luz atua “em direta sintonia com os interesses das redes políticas das quais participa, de forte viés conservador e autoritário” – em outras palavras, é um capacho dos setores mais reacionários do agronegócio. É público o fato de que o “antropólogo” presta consultorias particulares para fazendeiros e representantes do agronegócio que contestam a identidade de indígenas e quilombolas.
Um caso que escancara o porquê de Luz ser um inimigo do movimento indígena é o dos laudos antropológicos contestados pelo Sindicato Rural de Santarém (Sirsan). Desde 2018, os fazendeiros ligados ao Sirsan vêm contratando Edward Luz para que ele conteste a autodeclaração de vários povos na região. Na prática, Edward Luz tem atuado como um articulador de um movimento de fazendeiros e produtores de soja da região de Santarém para destruir todas as conquistas do movimento indígena.
O governo Bolsonaro é um governo de guerra contra a população. Todos os ministros e demais funcionários que estão sendo nomeados já demonstraram ser completamente contrários aos interesses dos explorados. Por isso, é preciso mobilizar os trabalhadores e os setores democráticos para derrubar, imediatamente, o governo fraudulento de Jair Bolsonaro e expulsar todos os golpistas do regime político.