Na última terça-feira, centenas de manifestantes invadiram a Assembleia Nacional do Equador. No mesmo dia, o presidente Lenin Moreno, que traiu o movimento nacionalista liderado por Rafael Correa para seguir a política neoliberal imposta pelo imperialismo, operou a mudança da capital para a cidade de Guayaquil. Há cerca de uma semana, os protestos do povo equatoriano contra o governo de Lenin Moreno vêm crescendo, sendo respondidos com a decretação de estado de sítio por parte da direita.
A situação do Equador está demonstrando, na prática, quais são os planos do imperialismo para a América Latina. A política dos bancos é tão impopular que, por mais que a direita tivesse tentado de todas as maneiras, não conseguiu vencer as eleições de 2017 com seu representante legítimo, Guillermo Lasso. Coube como alternativa corromper o candidato do correísmo, Lenin Moreno, para que este se tornasse o representante dos interesses da burguesia internacional.
A política de ataque brutal do imperialismo aos direitos dos povos latino-americanos está se fazendo presente em todos os países do continente em que a direita conseguiu estabelecer seus títeres. Na Argentina, o presidente golpista Maurício Macri está levando o país a falência a passos largos. No Brasil, o desemprego e a desindustrialização é cada vez maior.
A devastação dos países latinos, no entanto, não é possível sem que desperte uma onda de revolta a população desses países. Assim como a revolta contra o governo Bolsonaro é cada vez maior e é expressa até mesmo em festivais de música como o Rock in Rio, a insatisfação do povo equatoriano com a política neoliberal está levando a uma revolta cada vez mais generalizada contra o governo Lenin Moreno.
Os trabalhadores do transporte foram os primeiros a se mobilizar contra o pacote de ajustes anunciado pelo presidente traidor do Equador, Lenin Moreno. Em seguida, os indígenas se somaram à mobilização dos trabalhadores do transporte, elevando a luta política contra a direita no Equador a outro patamar. A adesão de outros setores é cada vez maior, o que torna a situação cada vez mais insustentável para o governo Moreno.
A direita não vai entregar facilmente aos trabalhadores do Equador aquilo que necessitam: o fim da política de pilhagem do imperialismo. Por isso, a saída para os trabalhadores do Equador é a mesma que se aponta para os trabalhadores brasileiros: é preciso derrotar, nas ruas, Moreno e todos os golpistas que representam a política dos bancos no Equador.