“Facada” em Bolsonaro: o “11 de setembro” dos golpistas?

O fato da semana que mobilizou toda a imprensa golpista, foi o suposto esfaqueamento do candidato à presidência do PSL, Jair Bolsonaro, em visita à cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele foi atacado por um homem portando uma faca. Bolsonaro foi levado ao hospital, diagnosticado como perfurado no estômago, perdeu sangue, sofreu cirurgia, foi para UTI e vai ficar internado pelo menos uma semana.

Operação de propaganda

Imediatamente após a suposta facada a notícia estampou os portais de notícias da imprensa golpista e os canais de televisão. A Rede Globo, em especial, deu uma cobertura digna de um atentado a bomba numa escola, no canal aberto, o plantão de notícias tomou a tarde toda dando detalhes do ocorrido. Já na TV a cabo, a Globonews deixou de lado o noticiário e se dedicou à cobertura incessante do fato. No portal de notícias da Globo, G1, mais da metade das matérias de capa eram destaque falando do Bolsonaro, noticiando, entrada do candidato em operação, presidenciáveis e entidades se solidarizam, agressor foi preso, ministros do STF repudiam agressão. Todas com um ângulo positivo.

Toda essa repercussão, forçada, não passa de uma operação de propaganda montada para  criar um fato emocional, chocante para colocar os opositores na defensiva.

De algoz à vítima

Toda essa operação de propaganda tem um objetivo muito claro, colocar a figura de Bolsonaro de defensor da tortura, do torturador Brilhante Ustra, da política de premiar policial que atirar para matar, de metralhar a favela da Rocinha, de que gays e mulheres são inferiores e devem ser tratados como tal entre outras pérolas fascistas proferidas pelo candidato inúmeras vezes e sem nenhuma ressalva. Sobre o ocorrido Bolsonaro disse em vídeo direto do hospital “Será que o ser humano é tão mau assim? Eu nunca fiz mal a ninguém”.

Bolsonaro que agora está sendo pintado como um homem de bem atacado por um facínora é aquele que fez um vídeo oferecendo capim (https://www.youtube.com/watch?v=KKeJn6HgEdc) para os eleitores de Lula. Sabe-se que boa parcela dos eleitores de Lula são nordestinos.

O “pobre” candidato que agora está em uma situação “frágil”, em comício no Acre sugeriu que os petistas do estado fossem fuzilados, “vamos fuzilar os petistas ou mandá-los para a Venezuela”.

Bolsonaro que ficou chocado em ser atacado com uma faca muito suspeita. É assumidamente favorável à ditadura militar de 1964 e ao golpe militar atualmente, tanto que seu candidato a vice-presidente é o general Hamilton Mourão que declarou ser favorável a um novo golpe militar. Bolsonaro é defensor aberto da tortura, já declarou “Sou a favor da tortura. Através do voto, você não muda nada no país. Tem que matar 30 mil”.

Há ainda todo o programa antipovo que Bolsonaro defende como o fim das aposentadorias, o fim da CLT em nome de que é mais fácil para os patrões manterem os empregos. Ele é contra cotas raciais, universidade e saúde públicas, ou seja, todas medidas contra os trabalhadores e a população pobre.

Agora, com o tal atentado, querem transformá-lo em um santo, e esconder os verdadeiros interesses envolvidos por trás de sua candidatura.

A extrema direita que fala em nome da democracia

Os militares que estão há um bom tempo defendendo abertamente a intervenção militar no Brasil, general Villas Boas e o general Heleno.

Heleno que foi o responsável pelo massacre das tropas militares brasileiras no Haiti declarou “No fim, era ele o intolerante? Isso foi resultado da campanha que está sendo feita contra ele, uma campanha de ódio, da qual ele foi vítima”.

Já o general Villas Boas publicou nota em que diz: “Defende a manutenção da serenidade, o combate aos radicalismos e a confiança nos órgãos de segurança pública, para que todos juntos ultrapassemos esse desafio à nossa democracia e à paz social”

Estas declarações mostram como os militares estão cautelosos em manter um clima apaziguador para não acirrar os ânimos.

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