Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Coluna

O retumbante, o tácito e o professorado proscrito

Está claríssimo que a Educação não é para todos.

A maioria já sabe que a filosofia exerce uma função investigativa, portanto questionadora. Seu papel é buscar conhecimento e entender postulados, teorias, enfim, o universo científico.

A intencionalidade filosófica do perguntar se enraíza na aspiração ao saber.

Mas seu traço distintivo é aspirar a um saber sem supostos.

Por isso, o perguntar filosófico não se conforma com as primeiras respostas que costumeiramente são oferecidas, que, em geral, interrompem o perguntar pelo aparecimento dos primeiros supostos.

As perguntas científicas, políticas, religiosas etc. se detêm quando aparece a inquestionabilidade dos supostos que sustentam esses campos. O cientista, por exemplo, ficará satisfeito quando a pergunta formulada for respondida, porém o filósofo venera reperguntar.

Vamos imaginar, agora, o destino daqueles que não enfrentam a dádiva da filosofia. Aqueles que desconhecem a origem da volúpia dos arrogantes, em suas ações dominantes e cheias de discricionariedade…

Está claríssimo que a Educação não é para todos. Ela está trincada. A propaganda extenuante de aprendizados mirabolantes dentro da internet é agressiva e faz sucumbir a alma daqueles que desejam estudar de verdade.

Vende-se educação nas Redes, como se ela fosse o elixir dos deuses. Conheço intelectuais que não são de brinquedo, pois, quando utilizam plataformas, como por exemplo, o YOUTUBE, buscam conteúdos verídicos, em termos de iluminação/aprendizado: canal da USP, ou qualquer canal professoral comprometido com efeitos catedráticos sérios, que vão muito além do comércio do SAIBA MAIS…]

Há um exército de tácitos correndo de um lado para o outro, seguindo sugestões de terceiros, quartos, quintos, que prometem um mundo de delícias, através de seus “tira-gostos” subsumidos de escolas de Línguas, Tarot, Pandeiro, Coral e, pasmem: POESIA. Os tais prometem MUNDOS E FUNDOS aos que fizerem seus cursos pagos, após a fase de tira-gosto gratuito.

Pobre professor proscrito, que as mais das vezes carrega a valise da proficiência, e a esquece no portal da retumbância dos títeres de um sistema que só deseduca e lucra, montando suas arapucas de mascate. Porém, o esquecimento não é uma debilidade do mestre, mas uma fragilidade econômica sistêmica, que reduz aquele docente ao pó da depressão.

Até mesmo a Educação negativa de Rousseau não chega aos pés deste abuso instrumental que se propalou na expansiva bolha da web. São aventureiros, em sua maioria, desprovidos de formação real, funcionando como cegos que guiam cegos, e tudo em nome do deus dinheiro.

O modelo tácito de ser do povo brasileiro está sendo o ideal para criadouros de inquestionáveis, que dizem amém para “Metanol” no sangue do contribuinte e “DESCONTOS” indevidos em suas ralas e tiranas folhas de pagamento, que contêm aposentadorias VERGONHOSAMENTE TIRÂNICAS. Com certeza, Roma é aqui!

A algazarra das mentiras necessárias, travestidas de verdade e presentes na teia do ensino, é grande, assim como está sendo imensa: a retumbância do fim da Guerra, no Oriente do Mundo.

Quantas mortes e sucumbências ocorreram antes de qualquer falsa Pax. Sim, a areia nos olhos dos habitantes da Terra — que em sua marcha tácita se tornam presas fáceis de um Sistema — tem como base: excluir, segregar e imperar acima dos seus iguais.

A pergunta que fica em relação ao último dia 15 de outubro: efeméride do Dia Nacional do Professor, instituído em 1823, por D. Pedro II é: NOBRE PROFESSOR, VOCÊ É FELIZ COM SEU SALÁRIO, OU SEJA, VOCÊ COMPRA EDUCAÇÃO, SAÚDE, ALIMENTO E CULTURA (INCLUINDO VIAGENS)?

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a deste Diário

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