O terceiro dia do Acampamento de Férias da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) foi repleto de atividades marcantes. Apesar da interrupção excepcional das aulas da Universidade Marxista — núcleo central da programação formativa do acampamento —, o dia foi longe de ser ocioso. A ausência das aulas foi compensada com muita atividade política, esportiva e social, que reforçou o espírito coletivo e militante do evento.
O dia começou com um reforçado e colorido almoço coletivo. Arroz, saladas variadas e um delicioso cassoulet de grão-de-bico garantiram energia para a tarde movimentada que se seguiria.
A atividade do refeitório é um momento importante do acampamento: além da refeição, é a hora do encontro, da troca de ideias entre militantes de diferentes regiões do País e de confraternização entre gerações. Crianças, jovens, adultos e idosos compartilham a mesma mesa, a mesma comida e o mesmo projeto político.
Com o campo livre, a bola rolou mais cedo do que o previsto. As duas primeiras rodadas do campeonato de futebol do acampamento aconteceram sob o céu claro do inverno paulista, com partidas bastante disputadas e vibrantes.
A competição é um dos pontos altos da programação cultural e esportiva, reunindo militantes de todas as idades e promovendo o espírito coletivo, a disciplina, a solidariedade e a combatividade — qualidades também fundamentais na luta política.
Se as partidas não mostraram exatamente um nível técnico alto, sobrou engajamento dos jogadores, com torcidas animadas acompanhando cada lance.
Logo após o futebol, um dos pontos altos foi a visita ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba. No auditório lotado, aconteceu uma mesa de debate organizada pelo PCO, que discutiu a luta contra o sionismo e em defesa do povo palestino.
O evento, transmitido ao vivo, reafirmou a importância da solidariedade internacional e da luta anti-imperialista como reivindicações fundamentais do partido.
A mesa foi composta por nomes como o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta; o presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Dr. Ahmed Shehada; e o rabino norte-americano Yisroel Dovid Weiss, da organização judaica antissionista Neturei Karta. A presença dos três atraiu um público diverso, composto por militantes, estudantes, trabalhadores e ativistas de diversas causas, entre pessoas que vieram do Acampamento, mas também ativistas da cidade de Sorocaba e até simpatizantes vindos de São Paulo para prestigiar o ato.
Entre os momentos mais marcantes da noite esteve a fala contundente do rabino Weiss. Em tom firme, ele denunciou o Estado de “Israel” como uma aberração política e teológica: “a existência do Estado sionista é um escárnio à verdadeira fé judaica”, afirmou, defendendo que mesmo que “Israel” fosse erguida em uma terra completamente vazia, ainda seria uma afronta aos ensinamentos do judaísmo.
O rabino Weiss ainda destacou que os verdadeiros judeus, fiéis à Torá, se opõem ao sionismo político e defendem o direito do povo palestino à sua terra e à sua soberania. A mesa foi encerrada com palavras de solidariedade e reafirmação do compromisso do PCO com a luta contra o imperialismo, o racismo e o genocídio promovido por “Israel” com o apoio do imperialismo norte-americano e europeu.
De volta ao acampamento, a noite fria foi aquecida com uma deliciosa sopa de carne seca com mandioca, preparada pelos próprios participantes. A refeição, simples e saborosa, foi mais um momento de comunhão entre os presentes.
Com isso, o terceiro dia do Acampamento de Férias consolida uma integração que, seja no campo de futebol, na mesa de debate ou ao redor da panela de sopa, reforça o espírito revolucionário dos participantes.
