Oriente Próximo

‘Israel’ e o assassinato de cientistas iranianos

Pelo menos 17 cientistas iranianos foram assassinados na agressão sionista mais recente

Nesta segunda-feira (7), o portal de comunicação The Cradle publicou matéria detalhando os assassinatos de cientistas iranianos que “Israel” perpetrou na última agressão sionista contra o país persa.

The Cradle informa “que pelo menos 17 figuras científicas proeminentes foram assassinadas, incluindo um importante pesquisador de inteligência artificial” e que, se outrora “Israel” perpetrava esses crimes de forma relativamente encoberta, agora os sionistas não têm problema em reivindicar abertamente esses assassinatos.

Uma das vítimas do sionismo foi Mohammad-Mehdi Tehranchi, físico teórico, doutor pelo Instituto de Física e Tecnologia de Moscou, professor da Universidade Shaheed Beheshti e presidente da Universidade Islâmica Azad. 

Segundo os Estados Unidos, Tehranchi estaria envolvido em um projeto de desenvolvimento de armas nucleares. Segundo The Cradle, ele passou a ser alvo direto de “Israel” em razão de sua amizade íntima com Mohsen Fakhrizadeh. Antes de seu assassinato, ele foi sancionado pelos EUA.

Outro importante cientista executado foi Fereydoun Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI). Ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2010 e, quando foi morto da recente guerra, atuava como parlamentar e estava ligado ao programa nuclear do país.

Uma das primeiras vítimas dos ataques aéreos israelenses foi Abdolhamid Minouchehr, reitor de engenharia nuclear da Universidade Shaheed Beheshti. O mesmo se deu com Akbar Motalebizadeh, físico nuclear que sucedeu Moshen Fakhrizadeh na chefia da SPND (Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa), morto com sua esposa na cidade de Absard.

Outro alvo foi Saeed Barji Kazerouni, especialista em aplicações nucleares na indústria petroquímica e professor da Universidade Malek Ashtar. Ele já havia sido incluído na lista de sanções dos EUA contra o Irã. 

Assim como Motalebizadeh, o presidente do Instituto de Ciência e Tecnologia Nuclear e especialista em radiofármacos, Amir-Hussein Faghhi, foi assassinado com sua família. O mesmo se deu com Ahmadreza Zolfaghari Dariani, físico da Universidade Shaheed Beheshti e membro do comitê de supervisão nuclear do Irã.

“Israel”, mostrando que o assassinato de familiares não é dano colateral, mas faz parte do próprio modo de operação criminoso da entidade sionista, ao assassinar Mansour Asgari, também matou sua esposa, filha e neta. Ele era engenheiro de reatores nucleares e veterano da guerra Irã-Iraque. 

Em outro ataque, também foi morto um especialista em física molecular da Universidade Tarbiyat Moddaress, Ali Bakouei Katirimi.

The Cradle prossegue listando os cientistas iranianos assassinados por “Israel”, informando que Seyed Issar Tabatabaei Ghomsheh, especialista em metalurgia da Universidade de Tecnologia de Sharif, também foi morto pelos sionistas. Ele já vinha sendo alvo de ameaças constantes no decorrer dos últimos anos.

Também foi assassinado Seyyed Asghar Hashemi-Tabar, doutor pela Universidade de Defesa Nacional do Irã, especialista em programas de mísseis. Conforme The Cradle, ele havia sido citado em relatórios da AIEA por suposto trabalho militar no âmbito do programa nuclear iraniano.

Outros seis cientistas foram assassinados. Um deles foi Mohammadreza Sediqi Saber. O ataque criminoso que resultou em seu assassinato também ceifou a vida de 13 membros de sua família. Ele era especialista em materiais energéticos da Universidade de Malek Ashtar.

Soleiman Soleimani, um cientista parte da Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa (SPND) e especialista em engenharia química, foi assassinado como alvo prioritário, informou The Cradle.

Outro cientista assassinado com familiares – sua esposa, três filhos e os sogros – foi Seyed Mostafa Sadat Armaki, professor de instrumentação nuclear e de aceleradores elétricos.

Ao assassinar Ali Bokaei Karimi, as forças israelenses de ocupação mataram, em ataque aéreo, mais de 23 pessoas, incluindo 15 integrantes da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC). Ali Karimi era professora associada de engenharia eletrônica da Universidade de Kashan.

Foram ainda assassinados os cientistas Alireza Zeinali e Mohammadreza Zakerian. O primeiro era um especialista em metalurgia, e suas duas filhas também foram mortas no ataque que o assassinou. Zakerian, por sua vez, era pesquisador destacado nas áreas de inteligência artificial e tecnologia, conforme The Cradle, que acrescenta que ele era considerado promissor pelo Ministério da Ciência do Irã. Assim como se deu com vários outros cientistas, seus familiares (esposa e dois filhos) também foram mortos no ataque que o matou.

O assassinato de cientistas iranianos envolvidos com o programa nuclear é uma das táticas utilizadas por “Israel” e o imperialismo para tentar impedir o desenvolvimento do programa.

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