Na última segunda-feira (26), uma abordagem violenta da Polícia Militar no bairro Jerônimo de Camargo, em Atibaia, interior de São Paulo, terminou em confronto com moradores indignados. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois policiais agredindo um homem no chão, que foi arrastado desacordado até a viatura, enquanto populares tentavam impedir a ação, atirando objetos e quebrando os vidros do veículo policial.
Os policiais tentavam prender um homem supostamente procurado pela Justiça por tráfico de drogas. Nas imagens, um dos agentes aplica um golpe conhecido como mata-leão, enquanto um cúmplice tenta afastar a multidão que se formava ao redor. Testemunhas relatam que um policial disparou tiros para o alto na tentativa de dispersar os moradores, sem sucesso.
A tensão aumentou quando o homem, já desacordado, foi arrastado até a viatura. Revoltados, os populares jogaram pedras, capacetes e outros objetos contra o veículo, danificando-o. Os policiais conseguiram deixar o local, mas o caso gerou revolta na cidade.
A Polícia Militar não emitiu comunicado oficial sobre o ocorrido. Não há informações sobre o estado de saúde do homem detido ou se os agentes sofreram ferimentos.
A revolta dos moradores de Atibaia expõe a insatisfação crescente dos trabalhadores com a polícia e sua política brutal, demonstrado ação contra o homem, que não resistia, demonstra a desproporcionalidade do uso da força. Com a desculpa de dar “segurança”, a PM se mostra como uma organização criminosa, dedicada a aterrorizar a população, especialmente os mais pobres, que devem ter o direito de organizar sua autodefesa armada para enfrentar a repressão policial e proteger suas vidas e direitos.
