Guerra na Palestina

Sem ‘Israel’, Hamas e EUA se comunicam desde fevereiro

Fonte revela a existência de canal de comunicação constante entre Movimento de Resistência Islâmica e governo Trump, à revelia da ditadura sionista

Nesta segunda-feira (12), o partido revolucionário palestino Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) libertou o prisioneiro israelense norte-americano Edan Alexander. Conforme revelado nos dias que a precederam, a libertação foi resultado de negociações diretas entre representantes do partido palestino e o governo Trump, passando por cima de “Israel” e o governo Netaniahu.

Nesta terça-feira (13), a emissora libanesa Al Mayadeen noticiou que a comunicação entre o Hamas e o governo Trump foi estabelecida já em fevereiro, quando foi estabelecido um canal de comunicação constante e ativo entre ambas as partes.

A emissora informa, citando fonte não identificada, que o ponto de contato primário neste canal de comunicação é um palestino originário de Al-Quds ocupada (Jerusalém), chamado Bashar Bahbah, que recebeu autorização dos Estados Unidos para estabelecer contato com o Hamas há cerca de dois meses, com a finalidade iniciar conversas sobre a guerra em Gaza e a libertação de prisioneiros.

O estabelecimento de contato foi possibilitado por Suha Arafat, viúva do líder palestino Yasser Arafat. Ele colocou Bashar Babah em contato com Ghazi Hamad, membro do birô político do Hamas.

Outra fonte revelou a Al Mayadeen mais detalhes sobre as tratativas entre Hamas e governo Trump. Segundo a emissora, em fevereiro Adam Boehler, Enviado Especial dos EUA para Assuntos de Reféns, liderou conversas com figuras próximas ao partido palestino para, em primeiro momento, compreender o processo de tomada de decisão do Hamas, com objetivo de trabalhar um acordo para a libertação de Edan Alexander.

As negociações, por parte dos EUA, foram facilitadas pelo empresário palestino Bashar al-Masri, próximo ao norte-americano, que organizou uma reunião com Basem Naim, Osama Hamdan e Taher al-Nounou, altas autoridades do Hamas. Eventualmente, uma reunião foi realizada com Khalil al-Hayya, líder do Hamas em Gaza. Com o objetivo de libertar o prisioneiro israelense-americano, o governo Trump teria prometido pressionar “Israel” a encerrar a guerra. Em troca a libertação de Alexander, o Hamas teria feita uma contraproposta pela libertação de 250 prisioneiros palestinos.

Contudo, “Israel”, por meio do governo Netaniahu, sabotou as negociações, inclusive através de campanha contra Boehler, que resultou em sua remoção da posição que estava ocupando. Antes da campanha sionista, Boehler chegou a declarar os membros do Hamas “são caras como nós. São caras bem legais”, bem como afirmou que “nós somos os Estados Unidos. Não somos um agente de Israel“.

Apesar da remoção de Boehler, o canal de comunicação foi mantido, e as tratativas foram retomadas no final de abril, e resultaram na libertação do prisioneiro, sem contrapartida imediata

Em suas redes, Trump descreveu o resultado como um “gesto de boa fé” e um possível passo para acabar com a guerra em curso em Gaza. Conforme a fonte citada por Al Mayadeen, o Catar e o Egito teriam instado o Hamas à liberação de Alexander sem contrapartida imediata, mas com a promessa implícita de que o governo Trump desempenhe um papel eficiente em pressionar “Israel” para acabar com a Guerra.

Ao libertar o prisioneiro israelense-americano, o Hamas declarou que “o retorno de Edan Alexander é o resultado de comunicações sérias com a administração dos EUA e dos esforços de mediadores, não uma consequência da agressão israelense ou da ilusão de pressão militar”.

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