Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

Não precisamos de estrangeiros no comando do nosso futebol

As grandes corporações capitalistas atuam para tentar desmoralizar o melhor futebol do mundo

No último dia 29 de abril foram encerradas as tratativas que estavam em curso entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o atual técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, cogitado para ser o novo treinador da seleção brasileira depois da surpreendente demissão de Dorival Júnior. A CBF havia oferecido um salário astronômico ao italiano, em torno de R$5 milhões mensais. O desfecho não poderia ser melhor para o futebol brasileiro, pois Ancelotti nunca conquistou nenhum título importante como técnico em seu próprio país, nunca nem mesmo chegou a ser treinador da seleção italiana, que, diga-se de passagem, conseguiu realizar a proeza de ficar de fora por duas edições seguidas da Copa do Mundo (2018 e 2022). 

Logo após a recusa de Ancelotti, a CBF, mantendo a decisão insana de trazer um técnico estrangeiro para comandar o melhor futebol do mundo, anunciou que está em negociações – já avançadas – para acertar com o português Jorge Jesus, atual treinador do clube árabe Al Hilal. 

A propósito, vale registrar que o treinador de 70 anos não resistiu à eliminação na semifinal da “toda poderosa” Champions League da Ásia, quando foi derrotado para o também saudita Al-Ahli, por 3 a 1, no dia 29 (terça-feira). Jorge Jesus foi demitido na quinta-feira, dia 1º. 

O “grande mérito” do treinador teria sido sua passagem pelo Flamengo em 2019, quando “comandou” um time cuja superioridade técnica sobre os demais, naquele momento, era tamanha que conquistaria os títulos mesmo sendo treinado pelo técnico do caricato Ibis, de Pernambuco, considerado o “pior time do mundo”.

Sob qualquer ângulo que se queira ver, a decisão de contratar um técnico estrangeiro para comandar a seleção que detém o maior número de títulos mundiais não se justifica. É claramente parte da campanha de desmoralização do futebol brasileiro comandada pelos tubarões capitalistas do futebol internacional com apoio de grupos “brasileiros”, da chamada “imprensa especializada”, como a Rede Globo.

Independentemente da nacionalidade do novo treinador, o fato é que trata-se de uma operação de desmonte do futebol pentacampeão do mundo, responsável – inclusive – pela sabotagem do trabalho dos últimos técnicos e jogadores brasileiros, indiscutivelmente, como os próprios estrangeiros reconhecem, os melhores do mundo.

A venal imprensa esportiva brasileira sempre trabalhou para isso, através de uma intensa campanha contra o futebol nacional para favorecer as grandes corporações capitalistas que controlam o esporte mais popular do mundo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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