Guerra da Ucrânia

Preço de gás importado da Rússia aumenta 300% em 3 anos na Europa

Importação de LNG aumentou 18% no mesmo período. Fornecimento de gás natural russo via gasoduto diminuiu em 60%, mas preços caíram apenas 9%

Nesta terça-feira (24), a organização Eurostat publicou relatório informando que os preços da importação, por parte da União Europeia, de gás natural liquefeito (LNG) vindo da Rússia, aumentaram 274%, aumento decorrente das sanções imperialistas contra a Federação Russa, as quais praticamente fizeram cessar o fornecimento de gás natural através de gasodutos.

Conforme o Eurostat, entre o primeiro trimestre de 2021 e o último de 2024, houve um aumento de 18% nas importações europeias de LNG, sendo que a partir de 2022, ano do início da guerra de agressão contra a Rússia (e das sanções imperialistas), o crescimento das importações foi de 11%. No mesmo período as importações de gás natural através de gasoduto diminuíram em 60%. Apesar de ter havido redução do preço gás fornecido em estado gasoso (via gasoduto), a redução foi de apenas 9%, mostrando que as sanções imperialistas resultaram no efeito oposto ao pretendido (isto é, prejudicou à Europa, em vez de prejudicar a Rússia).

Atualmente, no que se refere ao gás liquefeito, a Rússia é o segundo maior exportador para a União Europeia (22% do LNG), enquanto que os Estados Unidos são o primeiro (36%). De forma que, atualmente, a quantidade de LNG exportada pela Rússia à UE está em uma alta histórica, especialmente depois da Ucrânia ter suspendido por completo o trânsito de gás russo através de gasodutos que passam pelo território ucraniano, suspensão que ocorreu no final de 2024, quando contrato para fornecimento de gás por meio do gasoduto druzhba, através da Ucrânia, terminou e não foi renovado por Kiev.

Assim, as exportações de gás russo em estado gasoso para a UE ocorrem atualmente apenas através de um único gasoduto, o TurkStream, que passa pela Turquia e pela Grécia.

As sanções contra a matéria prima vinda da Rússia, impostas pelos EUA e pela União Europeia, gerou uma crise energética que se prolonga desde 2022 e se agrava, sendo a Alemanha o principal país afetado, enfrentando grave desindustrialização, ante a falta de fonte energética suficiente para a manutenção de sua indústria.

Nesse sentido, em declaração recente, Viktor Órban, primeiro-ministro da Hungria, país que nesse momento preside o Conselho da União Europeia (casa legislativa superior do parlamento europeu), declarou que o aumento dos preços relatado acima pode matar a economia dos países do bloco, apontando para a necessidade do fim da guerra de agressão contra a Rússia.

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